"Eu dei instruções à senhora diretora municipal para reunir - e ela fará isso - antes do despacho de quarta-feira, no sentido de propor a estas duas companhias, nomeadamente a Assédio e a Palmilha Dentada, um apoio municipal", disse Rui Moreira durante a reunião pública do executivo, que decorreu hoje na câmara municipal.

Porém, o apoio "terá apenas validade até ao fim do ano", por Rui Moreira não se considerar "mandatado para mais", em virtude de haver eleições autárquicas este ano e, pela lei de limitação de mandatos, não se poder recandidatar a um quarto mandato.

"Não será no montante solicitado porque não é possível", referiu, apontando que, "em outubro, haverá um novo executivo que pode, naturalmente, renovar, reforçar ou anular" o apoio.

Rui Moreira disse ainda que colocar a despesa entre as plurianuais implicaria levar o assunto à Assembleia Municipal e ao Tribunal de Contas, processo que considerou "um inferno".

"Vamos tentar fazer o 'bridging' [verba transitória] e garantir que até ao final do ano a situação está acautelada", metaforizando que o município estava a "lançar a boia" às estruturas criativas, num "apoio de emergência".

Para já, a verba exata dos apoios não foi revelada publicamente.

Referindo uma comunicação que lhe foi remetida pela direção municipal de Cultura, Rui Moreira citou que as estruturas apresentaram à autarquia os respetivos Planos de Atividades e Orçamento, tendo a Palmilha Dentada solicitado 160 mil euros ao município e a Assédio ainda não definido um valor, mas "será da mesma ordem".

Rui Moreira referiu ainda que "os pedidos foram analisados" e que a Câmara do Porto está "em condições de apoiar as entidades", após ser integrado nas contas do município o saldo de gerência de 2024.

"Há, pois, condições, havendo a decisão tomada, de ser submetido o apoio na próxima reunião de executivo", citou Rui Moreira.

O autarca considera que "na cultura não há subsídios, há um investimento".