Manuel Machado discursava no Museu Nacional de Machado de Castro, em Coimbra, na presença do ministro da Cultura, Luís Filipe Castro Mendes.

“Esta é uma oportunidade para apresentar ao Governo a nossa pretensão de candidatar Coimbra a Capital Europeia da Cultura em 2027. É uma candidatura agregadora, aberta e que quer aproveitar todo o património da região”, disse.

Confrontado com o desafio, Castro Mendes afirmou que “Coimbra é uma cidade da Cultura, com a primeira universidade, com as cortes, com os reis”.

“Tem toda uma tradição. É realmente uma cidade extraordinária”, acrescentou.

Por isso, disse, não foi por acaso que escolheu Coimbra para assinalar a retoma da entrada gratuita em museus, monumentos nacionais e palácios em todos os domingos e feriados, das 10:00 às 14:00.

“A candidatura de Coimbra faz todo o sentido. É um eixo e um paradigma da nossa Cultura”, elogiou o governante.

Apesar dos elogios a Coimbra, Castro Mendes lembrou a existência de outras candidaturas e, por isso, garantiu que não há qualquer predeterminação na escolha.

Mas “não é preciso refletir muito para ver a força extraordinária que tem a cidade de Coimbra” e a importância que teria para Portugal essa consagração em 2027, considerou.

Manuel Machado explicou ainda que a candidatura está a ser trabalhada há algum tempo e que, pela forma como se está a preparar a ideia, permite-se pensar num final feliz.

Os dois responsáveis falavam durante a apresentação da obra “Museu Nacional Machado de Castro 100 anos/100 obras”, uma seleção e abordagem do poeta João Miguel Fernandes Jorge, com prefácio do ministro da Cultura, que destaca o valor do acervo e do edifício, classificado como monumento nacional.

Além disso, “reflete dois mil anos de edificado histórico urbano da cidade de Coimbra”, entre o Criptopórtico romano e a mais recente intervenção do edifício, feita pelo arquiteto Gonçalo Byrne.

Depois desta iniciativa, a comitiva inaugurou a Linha do Botânico, que permite a viagem de autocarro descapotável pela Mata do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, ligando a Alta e a Baixa.

A Mata do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra, que esteve encerrada nas últimas décadas, reabriu hoje ao público.

“A Mata do Jardim Botânico da Universidade de Coimbra esteve encerrada durante décadas e foi alvo de um projeto de requalificação realizado em parceria com a Câmara Municipal de Coimbra e financiado pelo QREN/+Centro”, refere uma nota de imprensa da Universidade.

“O património vegetal desta área de mais de nove hectares é composto maioritariamente por árvores centenárias, vegetação em crescimento livre e o bambuzal, sendo possível ainda encontrar património edificado, do qual se destacam a Estufa-fria, a Capela de São Bento e a Fonte dos Três Bicos. É também possível ver o antigo reservatório de águas da cidade e vestígios da Muralha de Coimbra”, sintetiza a academia.

Com a abertura da mata, a Baixa e a Alta da cidade de Coimbra ficam ligadas não só por um caminho pedonal, mas também pela Linha do Botânico, servida por um autocarro híbrido que fará o percurso ascendente entre o portão da Rua da Alegria e o Portão da Rua do Arco da Traição.

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