De acordo com a informação divulgada pela CReSAP, “o procedimento concursal é urgente, de interesse público” e o prazo de candidatura termina a 12 de dezembro.
Segundo as regras destes concursos, não haverá audiência de interessados, e qualquer recurso administrativo ou “outro ato praticado” no processo não terá efeito suspensivo na decisão de escolha.
No final de outubro, o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva, anunciou que o concurso público para os cargos diretivos da Cinemateca Portuguesa abriria até ao final do ano, com novas regras em relação ao anterior, realizado em 2013.
Uma das alterações diz respeito ao cargo de diretor da Cinemateca, que, além de estar aberto a portugueses, também aceita candidaturas de cidadãos brasileiros, “a quem tenha sido reconhecido o estatuto de igualdade”, que residam em Portugal.
Além disso, deixou de ser dada preferência a áreas de formação académica, quando em 2014 tinham vantagem os candidatos formados em História, Direito, Economia, Gestão, Cinema e Comunicação Social.
Os candidatos escolhidos ficam em regime de comissão de serviço por cinco anos, renováveis por igual período sem necessidade de novo concurso.
Entre os objetivos traçados para a nova direção da Cinemateca estão o desenvolvimento de um novo projeto museológico e a conclusão dos projetos de digitalização do cinema português atualmente em curso.
As orientações estratégicas estabelecidas passam por ampliar a divulgação descentralizada do património cinematográfico, em rede e em cooperação com parceiros nacionais e internacionais, ou reforçar a relação da Cinemateca com as escolas de todos os níveis de ensino.
O atual diretor da Cinemateca Portuguesa, José Manuel Costa, e o subdiretor, Rui Machado, assumiram funções em 2014, na sequência de um concurso público aberto em 2013, e foram reconduzidos nos cargos, por mais cinco anos, em março de 2019.
O atual diretor, José Manuel Costa, está ligado à Cinemateca Portuguesa desde 1976 e, antes de ter assumido a direção, foi subdiretor entre 1995-1997 e 2010-2014. Foi ainda responsável pelo projeto e instalação do Arquivo Nacional das Imagens em Movimento (ANIM).
Já o subdiretor, Rui Machado, entrou para a Cinemateca em 1990, onde começou como técnico de conservação e preservação fílmica, tendo em 2006 dirigido o ANIM, subindo em 2014 para a equipa de direção.
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