A peça regressa ao D. Maria II num ‘remake’ do espetáculo original, de 1991, livremente inspirado no último rei de Portugal, D. Manuel II, exilado em Inglaterra, de acordo com um comunicado desta sala de espetáculos, hoje divulgado.
“O Rei no Exílio” estreou-se em 1991, há 27 anos, e foi recreado em 2013, no auge da crise financeira em Portugal, recorda o comunicado.
O solo, criado e interpretado por Francisco Camacho, dá a ver “uma personagem dividida entre a passividade e a ação, que hesita em envolver-se na luta pelo poder e se rodeia de prazeres triviais”.
Em palco, interpreta uma figura que está “presa na dialética entre razão privada e razão de Estado, entre poder e potência, envolto num manto de ironia que mais amplifica na atualidade o apelo particular da obra”.
Nascido em Lisboa, em 1967, Francisco Camacho estudou dança, teatro e voz, em Portugal e em Nova Iorque, nomeadamente no Merce Cunningham Dance Studio e no Lee Strasberg Theatre Instítute.
Coreógrafo e bailarino, é membro fundador e diretor artístico da EIRA, estrutura de produção artística em Lisboa.
Paula Massano, Meg Stuart, Alain Platel e Carlota Lagido foram alguns dos coreógrafos com quem trabalhou, atuando na Europa e nos Estados Unidos.
Começou a coreografar solos e peças de grupo em 1988, apresentando espetáculos em coautoria com as coreógrafas Mónica Lapa, Vera Mantero e Carlota Lagido, e com os encenadores Fernanda Lapa e Miguel Abreu.
Desenvolveu intervenções para uma obra de Pedro Cabrita Reis, em exposição no Museu de Arte Contemporânea de Bona, e para a exposição de Francis Bacon, no Museu de Serralves, assim como projetos para espaços não convencionais.
Foi galardoado com o Prémio Bordalo da Casa da Imprensa, nas edições de 1995 e 1997, na área da Dança, e com o Prémio ACARTE/Maria Madalena de Azeredo Perdigão 1994/95 – o prémio do Serviço de Animação, Criação Artística e Educação pela Arte, da Fundação Calouste Gulbenkian.
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