A consideração foi feita à agência Lusa por Tó Trips, guitarrista do grupo que atuou na noite de abertura do AME, e convidou uma “malta” da ilha da Santo Antão, mas residente na cidade da Praia, para um dueto improvisado ao som do Colá Sanjon, um ritmo musical com tambores, às vezes acompanhado com apitos e com mulheres a entoar as melodias.
“Vimo-los a tocar na abertura oficial e normalmente quando vamos tocar fora convidamos as pessoas para atuar connosco. Uma vez fomos ao México e convidamos um grupo local, que estava a tocar na rua”, disse Tó Trips.
“É uma forma de estreitar as relações. Eles também são músicos”, sublinhou o músico português, que integra o grupo com Pedro Gonçalves (contrabaixo, kazoo, melódica e guitarras).
Relativamente ao concerto da abertura do AME, evento organizado pelo Ministério da Cultura cabo-verdiano, o guitarrista disse que correu bem e que se sentiu “muito bem”.
“Foi uma sensação boa porque nunca tinha tocado em Cabo Verde, uma terra de grandes músicos, acho que é um privilégio virmos aqui mostrar a nossa música”, afirmou à Lusa.
Durante quase uma hora, o grupo, nascido em 2002, tocou um repertório com músicas do primeiro ao último disco, desde blues, jazz, músicas com raízes africanas e portuguesas, enumerou.
A banda portuguesa integra a comitiva do chefe de Estado Português, Marcelo Rebelo de Sousa, que se encontra de visita da Cabo Verde e que era o convidado de honra do AME, mas chegou já quase no final do concerto.
O espetáculo de segunda-feira à noite foi o primeiro de dois públicos em Cabo Verde dos Dead Combo. O segundo é na quinta-feira na ilha de São Vicente.
Quanto ao AME, Tó Trips disse que é um “excelente evento que tenta promover a cultura, o turismo, a gastronomia e o artesanato de Cabo Verde”, destacando também o facto de trazer muita gente de fora para uma semana de muito intercâmbio na Praia.
O AME, um encontro internacional de profissionais da música que já vai na sua quinta edição, prossegue durante toda a semana no centro histórico da cidade da Praia, e vão atuar nos diversos palcos cerca de 40 grupos e artistas cabo-verdianos e estrangeiros.
A organização espera mais de 600 participantes para assistir aos espetáculos, conferências, formações, feiras e muita troca e partilha de experiência entre fazedores e consumidores de música de todo o mundo.
A feira de música termina no dia 13 e na mesma noite será a abertura oficial do Kriol Jazz Festival, organizado pela Câmara Municipal da Praia.
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