A ação do filme acontece durante a ‘Nakba’, que significa catástrofe, termo usado pelos árabes para se referirem à criação do Estado de Israel e ao êxodo forçado de mais de 700.000 palestinianos, que fugiram ou foram expulsos das suas casas.

O filme “Farha”, da realizadora jordana Darin Sallam, é a obra candidata daquele país aos Óscares, na categoria de melhor filme estrangeiro, tendo-se estreado na plataforma digital Netflix a 1 de dezembro.

Segundo a agência espanhola Efe, a presença da obra na Netflix motivou várias críticas de israelitas nas redes sociais, incluindo alguns que decidiram cancelar as suas subscrições na plataforma como forma de protesto.

Já ativistas palestinianos consideram que decorre uma campanha de pressão israelita para obrigar a Netflix a retirar o filme do seu catálogo, algo que não aconteceu até ao momento.

A Efe nota que ‘bots’ [‘software’ concebido para simular ações humanas de forma repetida na internet] estão a votar “em massa” contra o filme “Farha”, em páginas que criam rankings de filmes, como a IMDb, com o intuito de baixar a sua pontuação.

Segundo a Efe, essas ações levaram o filme a passar de uma pontuação média de 7,2 (em 10) para 5,8.

Posteriormente, a plataforma corrigiu os votos fraudulentos e o filme apresenta agora uma pontuação de 8,5.

A projeção do filme na última quarta-feira, no teatro Al Saraya, no bairro de Jaffa, foi descrita como “vergonhosa” e “escandalosa” pelo ministro da Cultura de Israel, Chili Tropper, enquanto o ministro das Finanças israelita, Avigdor Lieberman, pediu o fim do financiamento daquele espaço público.

“Nas últimas 48 horas, o nosso filme “Farha” foi atacado de forma agressiva por funcionários do Governo israelita, por ‘media’ israelita e por utilizadores nas redes sociais e outras plataformas”, afirmaram os criadores do filme, num comunicado divulgado pela agência de notícias palestiniana Wafa.

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