Os dois catálogos, publicados pela editora Dafne, dizem respeito a exposições que estiveram patentes na garagem Sul do Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, em 2015 e em 2016.
“Arquitetura em concurso — Percurso Crítico pela Modernidade Portuguesa”, de Luís Santiago Batista, publicado no ano passado, acompanhou a exposição de meia centena de obras marcantes do século XX em Portugal, inaugurada no CCB e na Ordem dos Arquitetos (OA), em Lisboa, em 29 março do ano passado, que pôde ser visitada durante dois meses, até 29 de maio, no âmbito do projeto Escolha-Arquitetura.
Com curadoria de Luís Santiago Batista, a mostra – e o respetivo catálogo – fez uma leitura das transformações arquitetónicas em Portugal desde o início do século XX, das grandes exposições universais, aos equipamentos públicos financiados pela Comunidade Europeia.
Entre essas obras selecionadas estão o Pavilhão de Portugal na Exposição Universal de Paris, em 1937, da autoria de Keil do Amaral, o edifício sede e Museu da Fundação Calouste Gulbenkian, num projeto coassinado por Ruy Jervis d´Athougia, Pedro Cid e Alberto Pessoa, e o CCB, dos arquitetos Vittorio Gregotti e Manuel Salgado.
A Igreja do Sagrado Coração de Jesus, em Lisboa, de Nuno Teotónio Pereira e Nuno Portas, o Metro do Porto, por Eduardo Souto de Moura, e a Casa de Chá da Boa-Nova, de Álvaro Siza Vieira e Fernando Távora, são outros projetos que o catálogo revisita.
O catálogo, além do material da mostra, reúne um conjunto de ensaios sobre as várias instituições ali representadas.
Quanto a “Carrilho da Graça: Lisboa”, o catálogo é editado por André Tavares, com design gráfico de Duarte Carrilho da Graça, conta com fotografias de Tiago Casanova e textos de João Luís Carrilho da Graça, Emílio Tuñón, Diogo Seixas Lopes, assim como das curadoras da exposição, Marta Sequeira e Susana Rato.
A mostra esteve no CCB de 22 de setembro de 2015 a 14 de fevereiro de 2016 e entrou em itinerância internacional no ano passado, tendo já mobilizado mais de 80 mil visitantes, na Colômbia (Museo de Arquitectura Leopoldo Rother, Bogotá), no Brasil (Museu da Casa Brasileira, São Paulo), em Espanha (Museo Marítim, Barcelona) e Uruguai (Centro Cultural SUBTE e Facultad de Arquitectura, Diseño y Urbanismo de UDELAR, Montevideu).
Seguirá ainda para a Bienal Internacional de Arquitetura de Buenos Aires (BIENALBA), na Argentina, para o Colégio Oficial de Arquitectos de Madrid, em Espanha, para o Festival Mextropoli de Arquitectura y Ciudad, da Cidade do México, e para o Paço Imperial no Rio de Janeiro, Brasil.
Neste momento, “Carrilho da Graça: Lisboa” está patente no Convento de Cristo de Tomar, onde fica até 15 de setembro.
Originalmente publicado em português e inglês, em 2015, o catálogo da mostra passou a ter, este ano, uma versão espanhola, publicada pela C2C.
A exposição “Carrilho da Graça: Lisboa” contou com o apoio da Direção-Geral das Artes, no âmbito do Programa de Apoio à Internacionalização.
Além dos dois catálogos portugueses, são candidatos ao prémio Julius Posener, do CICA (International Committee of Architectural Critics) o da representação oficial turca à bienal de Veneza de 2016 (“Darzanà — Two Arsenals, One Vessel”, de Feride Çiçekoglu), editado pela Fundação da Cultura e das Artes de Istambul, e o da mostra “Demo:Polis — The Right to Public Space”, produção conjunta da Academia das Artes de Berlim a Escola de Arquitetura da Universidade do Texas, coordenada por Barbara Hoidn, editado pela Park Books, de Zurique.
O vencedor do prémio será divulgado no próximo dia 04 de setembro, na sede da CICA, em Kassel, na Alemanha.
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