Em diferido, para quem preferiu ver na RTP, no YouTube, para quem não quis chegar com uma hora de atraso ao desfile das dezoito canções. Depois de Conan Osiris falhar a qualificação, a estação pública decidiu não transmitir a cerimónia no horário que anunciou no início desta semana. Não foi o mesmo acompanhar a emissão sem os comentários de Nuno Galopim e José Carlos Malato. Ultrapassando isso e as mágoas por "Telemóveis" não ter um lugar entre os finalistas, estão escolhidos todos os temas que disputam o caneco que Salvador Sobral já levantou.

Os eurofãs votaram na sua maioria, nesta segunda semifinal, em Tamara Todevska com "Proud" (Macedónia do Norte), em Duncan Laurence com "Arcade" (Holanda), em Jonida Maliqi com "Ktheju tokës" (Albânia), em John Lundvik com "Too Late For Love" (Suécia), em Sergey Lazarev com "Screamna" (Rússia), em Chingiz com "Truth" (Azerbaijão), em Leonora com "Love Is Forever" (Dinamarca), em KEiiNO com "Spirit In The Sky" (Noruega), em Luca Hänni com "She Got Me" (Suíça) e em Michela com "Chameleon" (Malta).

Estes juntam-se a Katerine Duska com “Better Love” (Grécia), ZENA com “Like It” (Bielorrússia),  Nevena Božović com “Kruna” (Sérvia),  Tamta com “Replay” (Chipre), Victor Crone com “Storm” (Estónia), Lake Malawi com “Friend of a Friend” (República Checa), Kate Miller-Heidke com  “Zero Gravity” (Austrália), Hatari com “Hatrið mun sigra” (Islândia), Serhat com “Say Na Na Na” (San Marino) e Zala Kralj & Gašper Šantl com “Sebi” (Eslovénia).

E, à semelhança do que fizemos na primeira semifinal, vamos lá ao resumo da noite. Começou com a confirmação da atuação de Madonna na grande final (já era dada como quase certa, apesar dos pedidos de boicote), onde interpretará dois temas: "Like a Prayer", acompanhada por um coro de 35 elementos, e do seu novo álbum, a sair em breve, "Future".

A Arménia, que inaugurou o palco, trouxe uma versão musical de "Xena, a Princesa Guerreira" (lembra-se da série?), a Irlanda, o país que se seguiu, um lado b de Christina Aguilera, e a Moldávia não sabemos bem, mas bom modelito de vestido de noiva. A Suíça trouxe dança, ritmo e sensualidade (finalmente, estávamos quase a adormecer) e a Letónia não recebeu o memorando de que a atuação era na Expo de Telavive e não no Coachella. A Roménia revelou um capítulo até agora desconhecido da famosa obra "Drácula" e pausa nas atuações para recordar um nome que ficou na história do festival: Conchita Wurst.

Voltámos às músicas com a Dinamarca, que leva para casa o prémio para atuação mais fofinha desta edição (e só mesmo isso). Seguiu-se a Suécia com o refrão mais orelhudo das 41 participações e um tema que corre para a vitória, ou não fosse o intérprete um antigo velocista. Áustria e pausa para ir buscar café (queriam piadas com a Wanda Stuart, era?). Continuamos com a Croácia e a duvidar de quem dizia que era esta era uma semifinal mais forte do que a primeira. Malta chegou para substituir  "Karma Chameleon", dos Culture Club, nas playlists de passagens de ano e, pedimos a ajuda de quem nos lê, digam-nos na caixa de comentários que outra canção vos faz lembrar o tema da Lituânia.

A Rússia trouxe uma superestrela do país para tentar voltar às luzes da ribalta eurovisiva (por questões musicais), mas mais soou a um grito de desespero (com visuais magníficos). A chama da Albânia não foi grande, ao contrário das saudades dos vikings Rasmussen que este trio da Noruega deixou. E cuidado aí, Holanda; se os Imagine Dragons apanham o vosso tema, não fazem mais nada com ele (a não ser ganhar isto). A mensagem da Macedónia do Norte foi mais forte que a música (ninguém te pode dizer como sorrir, agir ou ser, girl) e o Azerbeijão jogou ao Cirúrgica em plena atuação (e deu continuidade à tradição dos robots em palco iniciada no ano passado por San Marino). Poderá, ainda assim, rever todas as atuações aqui.

Na final, este sábado, aos 20 países apurados nas duas semifinais, irão juntar-se os "Big Five" (França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido) e o país anfitrião (Israel). Há uma razão para estes cinco países terem passagem direta à final, são eles que têm uma maior participação financeira na União de Radiodifusão Europeia, o órgão responsável pela organização anual do evento.

Na lista de preferências dos apostadores mantém-se em primeiro lugar a Holanda, que é representada por Duncan Laurence, com o tema “Arcade”. Seguem-se a Suécia com "Too Late for Love" e a Austrália com "Zero Gravity". A fechar o top5, a Rússia com "Scream" e a Itália com "Soldi".