Na quinta-feira, o criador de “Évora Doce” atua no De Centrale, em Gent, no noroste da Bélgica, e no dia seguinte, já em França, sobe ao palco do Teatro André Malraux, em Gagny.

Antes de regressar a território francês, participa no dia 08 de abril na Gala Rádio Amália, no Casino Estoril, nos arredores de Lisboa, e, no dia 12 canta no Teatro de Saint Dizier, na região francesa de Haute-Marnen.

De Saint Dizier, Duarte segue para Caen, na Normandia, onde atua no dia 13 no teatro local, no dia 19 canta no Conservatório Regional Marcel-Dadi, em Créteil, nos arredores de Paris, e no dia seguinte, sobe ao palco do Teatro Verdure, em Haÿs-les-Roses, na região do vale do marne, em île-de-France.

Em declarações à agência Lusa, Duarte qualificou o novo álbum como “esperançoso”, no qual “canta uma dimensão da condição humana que é estar só”.

O fadista e autor disse que este seu quarto álbum “é mais esperançoso”, obedecendo a “um conceito diferente que não é o de cantar o fim”, como nos anteriores CD’s, mas “é mais positivo”, pois “canta uma dimensão da condição humana que é a capacidade de estar só, bem diferente de estarmos em solidão, que é muito mais devastador”.

Este CD, insistiu o fadista natural de Évora, canta essa “capacidade de estar só, de partir só, de nos refazermos, de nos protegermos”.

A digressão europeia que Duarte inicia na próxima quinta-feira inclui ainda três outras datas: no dia 02 de junho atua na Opéra-Comédie, em Montpellier, no sudoeste de França, no dia 06 de junho, em Bilbau, no nordeste de Espanha, onde canta no BBK, e, finalmemte, no dia 15, no Teatro Municipal de Ponte de Sôr, no distrito de Portalegre.

Nesta digressão europeia, o criador e autor de “Mistérios de Lisboa” é acompanhado pelos músicos Pedro Amendoeira, na guitarra portuguesa, João Filipe, na viola, e Carlos Menezes, na viola-baixo.

Em “Só a Cantar”, Duarte assina todas as letras do álbum, à exceção de “Maria da Rocha”, de autoria de João Monge, e também algumas das músicas, excetuando as que usa do repertório dos fados tradicionais. Há ainda o caso do “Fado Gripe”, que é da autoria de José Mário Branco, assim como “Que Fado é esse afinal?”, e um outro, “Rimbaud”, que assina com Rogério Ferreira.

“Maria da Rocha” conta com uma estrofe documentada no Cancioneiro Tradicional Alentejano, à qual João Monge acrescentou outras de sua autoria, a seu pedido, explicou.

“Este álbum é mais imediato. Eu já cantei o fim de qualquer coisa, já cantei o luto. Agora fazia sentido cantar o que pode vir depois do luto e elogiar essa nossa capacidade, que todos devemos ter, de estar bem connosco”, sublinhou.

Este é “um álbum menos carregado, menos complicado, que não é tão denso e, pesadamente, melancólico”, que os anteriores, acrescentou.

“Só a Cantar” sucede a “Sem Dor Nem Piedade” (2014).

Duarte, psicólogo de profissão, estreou-se discograficamente com “Fados Meus” (2004), ao qual se seguiu “Aquelas Coisas da Gente” (2009).