“Vamos fazer uma feira digital, dando a possibilidade a empresários, produtores e artesãos de escoarem os seus produtos através da internet”, afirmou Célia Marques, referindo que todas as despesas, que arranca na quinta-feira e tem a duração de um mês, são suportadas pela autarquia.

De acordo com Célia Marques, “o objetivo de lançar a feira digital é possibilitar aos clientes dos restaurantes que vêm degustar os pratos à base de chícharos a compra de produtos”.

A iniciativa é desenvolvida em parceria com os CTT e a plataforma ‘online’ Dott.

“A feira reinventa-se e adapta-se às novas circunstâncias”, sintetizou a autarca, adiantando que esta decorre em paralelo com um concurso gastronómico “Alvaiázere sabe bem”, que tem “o envolvimento dos ‘chefs’ Ruben Correia Ferreira, Chakall e Rui Ribeiro, e dos ‘influencers’ Rui Marques e Isabel Zibaia”, referiu.

“Estes ‘chefs’ e ‘influencers’ receberam chícharos e estão a promover os produtos nas respetivas páginas na internet e redes sociais”, acrescentou a presidente do município do distrito de Leiria, explicando que serão eles a avaliar os participantes (particulares, associações e restaurantes) que aderiram ao concurso.

A avaliação dos restaurantes será no local, enquanto a dos particulares e associações deverá ter como palco a incubadora de empresas, estando por marcar a data, dado depender da evolução da pandemia de covid-19.

“O princípio não é atribuir uma classificação boa ou má, mas no sentido de valorizar o trabalho que foi feito”, declarou Célia Marques, salientando que o objetivo passa por dar a quem tenha desenvolvido pratos inovadores o reconhecimento e, no caso da restauração, a atribuição de um selo, que “pode ser algo diferenciador no próximo ano”.

As inscrições no concurso já terminaram e há 50 pratos a concurso (aperitivo, sopa, peixe, carne, sobremesa e na categoria “outros”, que inclui bebidas).

“As pessoas puderam concorrer com receitas tradicionais ou originais, sendo que o desafio é dar a oportunidade de mostrar pratos confecionados à base dos nossos produtos endógenos, como o chícharo, que é o produto rei, mas também azeite, mel, ervas aromáticas ou frutos secos”, disse, acrescentando estar em estudo a edição de um livro com todas as receitas a concurso.

Decorre ainda um concurso de montras.

“Ao contrário dos outros anos, em que as pessoas vêm a Alvaiázere para o certame e degustar o chícharo e outros produtos, este ano, através das redes sociais, a nossa perspetiva é chegar a um público novo e abranger maior número de pessoas”, afirmou, adiantando estar “com muita expectativa de que a organização deste ano vá permitir o aumento da afluência no próximo ano”.

“Alvaiázere Capital do Chícharo” resulta da integração de dois eventos, a Feira Agrícola, Florestal, Industrial, Pecuária e Artesanato (FAPIPA), que o ano passado teve a sua 39.ª edição, e o festival gastronómico, agora na 18.ª edição.

“Não queríamos perder esta contagem e este vínculo e quem nos visita”, acrescentou Célia Marques.