A 22.ª edição do FMM deveria ter acontecido em 2020, mas acabou por ser adiada para este ano devido à pandemia da covid-19. A partir de sexta-feira, o festival “regressa alinhado com os mesmos princípios – representatividade geográfica, estética, cultural — que o orientam desde o início”, segundo o diretor artístico e de produção, Carlos Seixas.
À semelhança de edições anteriores, a programação reparte-se entre a aldeia de Porto Covo, entre sexta-feira e domingo, e a cidade de Sines, de 25 a 30 de julho.
Carlos Seixas prefere não destacar artistas, porque para a organização do festival “valem todos o mesmo”. “Não há cabeças de cartaz, são apresentados por ordem alfabética, têm todos o mesmo tratamento”, disse.
No entanto, nesta edição é “reforçada e dada visibilidade às artistas mulheres, devido também ao seu contributo real na música à escala planetária”.
Ava Rocha, Bia Ferreira, Letrux, Marina Sena (Brasil), Ana Tijoux, Pascuala Ilabaca (Chile), Queen Ifrica (Jamaica), Omara Portuondo, Daymé Arocena (Cuba), Dominique Fils-Aimé (Quebeque), Aline Frazão, Pongo (Angola), Dulce Pontes e Sara Correia (Portugal) são algumas das artistas que se encontram no cartaz.
Como é habitual, “as geografias do FMM cruzam-se em concertos intercontinentais”, dos quais são exemplo os projetos Batida B2B DJ Dolores (Portugal / Brasil), Guiss Guiss Bou Bess (Senegal / França) e KUTU (Etiópia / França).
Seun Kuti & Egypt 80, Etuk Ubong (Nigéria), James BKS (Camarões), Acácia Maior, Re:Imaginar Monte Cara (Cabo Verde), Club Makumba, Fado Bicha, Paulo Bragança, Pedro Mafama (Portugal), Albert Pla, Angélica Salvi e Baiuca (Espanha) estão também entre os artistas confirmados este ano.
Na 22.ª edição, o FMM mantém igualmente “a mesma forma de estar enquanto festival de serviço público”.
“A maior parte dos concertos é de entrada gratuita. Em Porto Covo são todos e em Sines é o primeiro da tarde no Castelo, e os que são apresentados na Avenida da Praia”, referiu Carlos Seixas.
Como “muitos dos visitantes guardam a compra para a última”, ainda há bilhetes à venda, para os concertos da noite no Castelo de Sines e os do auditório do Centro de Artes de Sines.
“Esperemos que todos venham para festejar o regresso do festival”, referiu Carlos Seixas.
Além dos concertos, a programação do festival inclui uma série de iniciativas paralelas, como exposições, ‘workshops’, visitas guiadas, animação de rua, uma feira do livro e do disco e debates.
O programa completo do 22.º FMM pode ser consultado no ‘site’ oficial do festival, em www.fmmsines.pt.
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