AQVGD - Pod #26

Ouve o episódio aqui:

A sinopse daquele que é o segundo filme a estrear nos cinemas em 2021 do veterano realizador Ridley Scott (sendo o outro "O Último Duelo"), reza da seguinte forma: "Inspirado na chocante história verídica dos bastidores da família detentora do império da moda italiana. Quando Patrizia Reggiani (Lady Gaga), uma desconhecida de origem humilde, se casa com Maurizio Gucci (Adam Driver), a sua ambição desmedida começa a desencadear no legado da família uma imparável espiral de traição, destruição e vingança que culmina... num assassínio".

Por outras palavras, Scott conta a história de uma família sobejamente conhecida no mundo da alta costura que sucumbe à ganância e luta interna pelo poder. Para isso, conta com a ajuda de uma prestação de Lady Gaga que não deixa ninguém indiferente: há quem diga que lhe deva ser entregue já o Óscar, há quem diga que não se deve sequer considerar tal opção pela exacerbada cacofonia disfarçada de ultra-dedicação. Mas Gaga não está sozinha nem muito menos mal acompanhada: Al Pacino, Jeremy Irons, Jared Leto e Adam Driver completam um elenco que não é mais do que uma constelação de estrelas de Hollywood.

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O filme (longo, com mais de duas horas e meia de duração) tem o seu quê de choque e as críticas espelham o efeito Gaga, i.e, dividem-se (como sugere a pontuação do Metacritic, com 59 pontos em 100). Mas a realidade é que, goste-se ou não do filme, goste-se ou não da performance de Lady Gaga (ou de um Jared Leto repleto de próteses), os adornos de true crime de "Casa Gucci" temperam uma curiosidade pouco saudável, mas muito humana. Talvez seja por isso que não deverá faltar quem tenha interesse em passar uns dias na mansão do patriarca Gucci (Aldo), no famoso Lago Como, disponível para alugar no Airbnb desde sexta-feira.

Mas nem só da alta costura e crime se fez a discussão. "Hellbound", a nova produção coreana de sucesso da Netflix, também mereceu honras de destaque. Sobre a série em si já a apresentámos na última newsletter; sobre o que se falou dela… bom, tal como o filme dos Gucci parece que a opinião se divide. No entanto, perscruta-se uma certeza: não é “Squid Game”, mas está a beber do sucesso deste.