“A LeYa deliberou voltar a atribuir, em 2021, o Prémio literário por ela instituído em 2008 e que se encontrava suspenso por força da gravíssima crise que atravessamos. Manter o prémio obriga porém a alterar o seu valor, que passará a ser de 50.000 euros”, lê-se no comunicado hoje enviado à agência Lusa.

O grupo editorial realça que o prémio continua “a ser o galardão literário de valor mais elevado instituído e sustentado no espaço da lusofonia por uma entidade privada” e refere que “esta decisão foi tomada ouvido o presidente do júri do Prémio, Manuel Alegre”.

O grupo anunciou no início de abril do ano passado a suspensão do Prémio Literário LeYa, devido às dificuldades colocadas pelo contexto de combate à pandemia da covid-19.

“A gravíssima crise que atravessamos põe seriamente em causa a atribuição este ano do Prémio LeYa”, lia-se no grupo comunicado então difundido.

A direção do grupo LeYa referia as “muitas dificuldades” que defrontava “para recolher e selecionar em tempo útil os originais” enviados, desde “o encerramento temporário (por tempo indefinido) das instalações da empresa” ao “regime de teletrabalho adotado pela maioria dos colaboradores da LeYa”.

A LeYa referiu ainda as dificuldades com os Correios, esclarecendo que “o envio dos originais por via digital não pode ser aceite, porque daria a conhecer a identidade dos respetivos autores, o que violaria o espírito e a letra do regulamento deste prémio”.

O Prémio LeYa foi criado em 2008, procurando estimular a produção de obras inéditas de autores de Língua Portuguesa.

O brasileiro Murilo de Carvalho, com “O Rastro do Jaguar”, foi o primeiro vencedor, em 2008, tendo sido distinguidos, desde então, seis autores portugueses, dois brasileiros e um moçambicano, João Paulo Borges Coelho, em 2009, com “O Olho de Hertzog”.

Em 2019, tal como em 2010 e 2016, dada “a falta de qualidade” dos originais enviados, o galardão não foi entregue.

“Torto Arado”, de Itamar Vieira Júnior, é o mais recente romance galardoado com o Prémio Leya, na edição de 2018.

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