O espetáculo, considerado inédito e com início marcado para as 22:00, no Coliseu Comendador Rondão de Almeida, conta ainda com a participação da Orquestra Sinfónica Ibérica, constituída por mais de 60 músicos de Portugal e Espanha.
Em declarações à agência Lusa, Luís Represas contou que “não tinha intenções” de assinalar esta data, tendo o espetáculo surgido de um projeto conjunto com outros músicos, nomeadamente com Luís Zagalo da Academia de Música de Elvas, e com o município da cidade raiana de Elvas.
“Faz também parte da minha tradição, já desde os tempos dos Trovante, insistir em levar ao interior do país as produções que fazia, não diferenciando com outras cidades”, disse.
Escusando-se a fazer um balanço de 40 anos de carreira, considerando que esse ato é um exercício “contabilístico”, o cantor prefere sublinhar que passou quatro décadas de carreira a fazer “aquilo que sempre quis” em termos profissionais, aprendendo, também, com os erros que foram surgindo.
Sem querer também destacar “um momento” que marque a sua carreira, Luís Represas gosta mais de recordar o “encontro com gente extraordinária” que teve ao longo de quatro décadas, graças à música, e a sua presença em momentos considerados históricos, como no caso de Timor Leste.
“Lembro-me bem é do primeiro momento, pela primeira vez com os Trovante, em que subi a um palco e de ter descido e não me lembro nada do que lá se passou”, recorda.
E por falar em Trovante, o antigo vocalista da banda formada em 1976 fez questão de sublinhar que a mesma é “uma referência” na sua carreira, sendo também “a escola” da aprendizagem.
O concerto de Luís Represas, que assinala 41 anos de carreira em agosto deste ano, vai também ficar marcado por momentos de pirotecnia e efeitos visuais.
No decorrer do concerto vão ser apresentados novos arranjos musicais dos principais sucessos de Luís Represas, que contemplam as sonoridades orquestrais cruzadas com o minimalismo puramente acústico de um piano.
Além dos convidados Carlos do Carmo, Cuca Roseta e António Victorino de Almeida, vão subir ao palco mais de duas dezenas de crianças e jovens cantores da Academia de Música de Elvas, do Colégio Luso Britânico de Elvas e do Centro Educativo Alice Nabeiro, em Campo Maior, os Bomb’Alen e o grupo Alto Espírito.
“A ideia não foi apresentar uma coleção de parceiros, mas de repente cheguei à conclusão que havia aqui estreias para fazer e uma das estreias que até se estava a tornar um pouco incomodativa de não a fazer, era uma falha, nunca ter cantado com o Carlos do Carmo”, disse.
Luís Represas sublinhou que o mesmo se passa em relação ao maestro Victorino de Almeida, músico que tem uma “relação muitíssimo forte” com Elvas, e Cuca Roseta, que é também, na sua opinião, uma artista com “muita versatilidade”.
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