Fonte da Câmara Municipal de Matosinhos explicou que a exposição “Portugal Imaginário — Turismo, Propaganda e Poder (1910-1970)” surge no âmbito das iniciativas que a autarquia está a realizar para celebrar o 25 de Abril.
A exposição revela material gráfico criado pelo Estado Novo, que mostra como um “país pobre, sujo, fechado e atrasado” que se chamava Portugal parecia “soalheiro, moderno e civilizado”.
A mostra, que fica patente na Casa do Design de Matosinhos até 01 de setembro, é comissariada por José Bártolo e Sara Pinheiro, e centra-se nas ferramentas de divulgação turística no tempo de António Oliveira Salazar, como, por exemplo, cartazes, brochuras, revistas, livros e objetos de arte popular.
“Numa altura em que o número de turistas que nos visitam bate sucessivos recordes”, “Portugal Imaginário — Turismo, Propaganda e Poder” promove uma “oportuna reflexão em torno das ferramentas usadas na criação de um país para turistas, mas também sobre o surgimento de um novo paradigma estético e a grande renovação das artes gráficas que o acompanhou”.
A exposição lança um olhar sobre a evolução do turismo em Portugal entre o início do século XX até à década de 1970, identificando temáticas, expressões gráficas e as principais linhas de orientação ideológica ao longo daquele período.
“’Portugal Imaginário — Turismo, Propaganda e Poder’ permite descobrir os destinos turísticos publicitados pelo Estado Novo, desvendando as motivações associadas à criação do imaginário turístico português assente no sol e na apropriação, recriação e falsificação da ruralidade e do folclore”, acrescenta a mesma fonte.
“Portugal Imaginário” é uma exposição organizada pela Câmara Municipal de Matosinhos e pela esad—idea, Investigação em Design de Arte, cuja inauguração está marcada para quarta-feira, dia 18, pelas 18:00.
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