“Não tem gente, mas o museu continua vivo”, disse hoje, em conferência de imprensa, Mikhail Piotrovski, diretor do Hermitage, uma das principais pinacotecas do mundo.

Na conferência, organizada pela agência de notícias russa TASS, Piotrovski relatou o atual dia a dia do museu, habituado a estar a abarrotar de visitantes e ao qual a pandemia de covid-19 impôs o fecho de portas.

Segundo o diretor, a prioridade é “preservar a saúde das coleções” para que os visitantes possam voltar a usufruir do Hermitage quando passar a epidemia, que já infetou mais de 50 mil pessoas e matou outras 500 na Rússia.

Sem arriscar prognósticos, o diretor do museu está confiante de que os visitantes “voltarão”, primeiro os russos e depois os estrangeiros, que representam quase metade do público.

Piotrovski manifestou ainda estar satisfeito com o interesse revelado pelos internautas face aos programas ‘online’ propostos pelo Hermitage durante a clausura, que já registaram 20 milhões de visitas (o museu recebe uma média de cinco milhões de visitantes por ano).

O museu “não cancelou nenhuma das exposições” previstas, mas os eventos foram adiados uns meses.

O encerramento está a ser aproveitado para realizar múltiplas tarefas, desde um inventário digital para que os especialistas possam observar as obras em tempo real ao cuidado e à alimentação dos famosos gatos do Hermitage, que cumprem o confinamento no museu.