“Entre os dias 03 e 11 de agosto, a 3.ª Edição do ‘Ocupar a Velga’ regressa a Valezim, no concelho de Seia. Ao longo de nove dias, a aldeia participa e acolhe uma ocupação vibrante, composta por teatro, circo, performance, música, cinema e arte urbana”, adiantou a organização numa nota enviada hoje à agência Lusa.

A velga é o nome dado, na tradição oral, aos campos nas encostas da serra da Estrela onde se cultivava batata, milho e centeio.

O evento cultural que se realiza pelo terceiro ano consecutivo é um projeto da Produção d’Fusão, com sede em Valezim.

Os promotores salientaram que nas duas primeiras edições o “Ocupar a Velga” contou com a participação de duas mil pessoas, tornando-se num dos festivais mais diferenciados e participativos das aldeias da região de Seia.

“Ao longo de nove dias, a comunidade de Valezim e arredores participa e constrói uma ocupação vibrante, composta por teatro, circo, performance, música, cinema e arte urbana. Uma programação que se dedica à arte e constrói pontes”, destacou a organização.

A programação deste ano do “Ocupar a Velga” é inspirada no tema “O Tempo Presente” e conta com a participação de nomes como Jonas&Lander, Leo Middea, Patrícia Mariano, Patrícia Portela, Projeto DME, entre outros.

“O evento promove um olhar atento e global sobre liberdade, espaço público, diversidade, interculturalidade e participação comunitária. Através da arte, o ‘Ocupar a Velga 2024’ deseja perspetivar, dialogar e incluir”.

A ocupação cultural inclui iniciativas para os mais novos, um jantar às escuras, uma sessão de leitura, diversas conversas, um piquenique e a inauguração de um mural.

Haverá ainda propostas promovidas pela Associação Vallecinus para desocupar a mente, conhecer profissões antigas da aldeia e promover diálogos intergeracionais.

O “Ocupar a Velga” é financiado pela Direção-Geral das Artes, BPI | Fundação “La Caixa” e tem o apoio da Câmara Municipal de Seia, Junta de Freguesia de Valezim e Junta de Freguesia de Sazes da Beira.

A Produção d’Fusão é uma associação sem fins lucrativos, que integra nos seus órgãos sociais vários produtores nas áreas da dança, teatro, artes plásticas e música, sendo gerida por Patrícia Soares e Filipe Metelo.