As linhas gerais do evento, organizado pela Trienal de Arquitetura de Lisboa, foram hoje apresentadas aos jornalistas, em Lisboa, com a presença dos comissários, do presidente da Trienal, José Mateus, e da presidente da Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural (EGEAC), Joana Cardoso.

José Mateus indicou que uma das novidades deste ano é a criação de nove percursos urbanos que terão como guias especialistas convidados, desde arquitetos a historiadores como Inês Lobo, Ana Vaz Milheiro e José Manuel Fernandes.

"Este ano haverá locais a visitar que ainda estão em processo de construção", revelou o presidente, como é o caso do Atelier Ulisseia, onde decorreu a conferência de imprensa, localizado na avenida Infante Dom Henrique, no Edifício Beira Rio, alvo de um projeto de reabilitação do Atelier JQTS (João Quintela Tim Simon).

José Mateus sublinhou o interesse crescente manifestado pelo público, que, no ano passado, registou uma participação de 44 mil pessoas.

Por seu turno, a presidente da EGEAC, parceira na organização, sublinhou que a realização do Open House "é sempre um momento importante para dar acesso gratuito aos cidadãos à arquitetura da cidade".

"É um projeto que não é apenas feito por e para arquitetos, mas que, tendo por base conhecimentos especializados muito sólidos, é para o grande público, incluindo crianças”, vincou.

Este ano, foram convidados para comissários os arquitetos Luís Santiago Batista e Maria Rita Pais, que elegeram o tema "Habitar Lisboa em transformação".

"Queremos mostrar com esta seleção de edifícios o trabalho fundamental dos arquitetos no pensamento, construção e formas de habitar a cidade ao longo do tempo", disse Luís Santiago Batista.

O Open House Lisboa abre as portas a locais de referência da arquitetura da capital, públicos e privados, alguns deles fechados ao longo do ano, e alguns oferecem visitas com os autores dos projetos.

Teatros, igrejas, museus, casas privadas, escolas, palácios, hospitais, serão abertos para visitas livres ou guiadas por especialistas.

Este ano, entre muitos outros, o Open House faz percursos que passam pelo Museu do Dinheiro, Cinema Ideal, Atelier Cecílio de Sousa, Imprensa Nacional, Casa no Arco do Cego, Fábrica Musa, Underdogs Gallery, Empreendimento Prata, Planetário Calouste Gulbenkian, Escola Francisco Arruda.

O Pestana Palace, Apartamento Arriaga, Museu da Marinha, Hub Criativo do Beato, Casa da Severa, Largo Residências, Igreja de Nossa Senhora da Conceição Velha, Gare do Oriente, Torre do Tombo, Hospital Júlio de Matos, Casa no Bairro das Estacas, SAAL - Bairro das Fonsecas e Calçada, Teatro Thalia, Escola Secundária Padre António Vieira, também integram os percursos.

A iniciativa Open House foi lançada em Londres, em 1992, pela arquiteta e curadora britânica Victoria Thornton e já passou por cidades como Oslo, Nova Iorque, Roma, Helsínquia, Praga e Buenos Aires.