Os pandas gémeos “Jian Jian” e “Kang Kang”, ambos do sexo masculino e cujos nomes ditos em conjunto significam “saúde” completam sete meses de vida e vão poder ser vistos primeira vez pelo público a partir da próxima sexta-feira, dia 27, véspera do Ano Novo chinês, e até 12 de fevereiro, apenas durante duas horas por dia.
“Jian Jian” e “Kang Kang” foram os primeiros nascidos em Macau, sendo filhos do mais recente casal de pandas gigantes oferecido pela China à sua Região Administrativa Especial.
A primeira aparição pública dos pandas figura como uma das múltiplas atividades programadas para celebrar a entrada no Ano do Galo.
No primeiro dia no novo ano, no sábado, sai à rua a parada do Dragão Gigante e também o Deus da Fortuna e os três Deuses da Felicidade, Longevidade e Prosperidade, além dos 12 signos do zodíaco chinês, cujas atuações, que se fazem acompanhar pela distribuição de lembranças e ‘lai sis’ – pequenos envelopes vermelhos com dinheiro que se oferecem nesta época festiva –, se estendem ao dia de domingo.
Durante o fim de semana, inúmeros espetáculos protagonizados por grupos de fora, incluindo da China, de Hong Kong, da Colômbia, Espanha, Alemanha ou Estados Unidos, também vão animar a cidade, com a Marcha de Alfama a representar Portugal nas festividades.
No terceiro e no oitavo dia do Novo Ano Lunar (30 de janeiro e 4 de fevereiro), Macau assiste à parada de celebração do Ano do Galo, que decorre pelo quinto ano e tem direito a transmissão em direto pela televisão, a qual inclui um desfile de carros alegóricos e espetáculos culturais. Na segunda-feira, dia 30, há ainda fogo-de-artifício.
Os primeiros ‘panchões’ (cartuchos de pólvora) podem ser rebentados para afastar os maus espíritos a partir do meio-dia de sexta-feira nas duas zonas para o efeito (uma na península de Macau e outra na ilha da Taipa) e até à meia-noite de 01 de fevereiro, o quinto dia do ano novo lunar.
Durante este período festivo muitas outras atividades, desde concertos, a espetáculos de variedades, passando por ‘workshops’ ou feiras tiveram ou vão ter lugar, um pouco por toda a cidade, organizadas por diferentes entidades.
Esta quarta-feira, por exemplo, foi inaugurada uma exposição – intitulada “Uma Brisa Primaveril nas Terras Verdejantes do Sul” –, composta por centenas de itens relacionados com as tradições do Ano Novo Lunar em Macau, Hong Kong e na província chinesa de Guangdong, a qual vai estar patente ao público até 19 de fevereiro.
Revelada foi também a estátua do novo ano lunar que fica à entrada, do lado da Taipa, da primeira ponte de Macau, a Governador Nobre de Carvalho, uma obra da autoria do engenheiro português Edgar Cardoso inaugurada em 1974, por onde apenas circulam transportes públicos.
O galo, com três metros de altura, de cor dourada e “olhos brilhantes”, veste “uma túnica vermelha chinesa” e segura, numa das mãos, um dístico alusivo ao Ano Novo chinês, apresentando-se com “uma postura vigorosa”, “dando a sensação de vitalidade”, descreve o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM).
O Ano Novo Chinês, também conhecido como Festival da Primavera, é uma tradição com mais de 2.000 anos na China e a principal festa de reunião das famílias chinesas, que leva milhões de pessoas a percorrerem centenas e até milhares de quilómetros até à terra natal naquele que é o maior movimento migratório do mundo.
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