A pintura “São Nicolau de Tolentino”, de Piero della Francesca, pertencente ao Museu Poldi Pezzoli, em Milão, Itália, estará exposta como “Obra Convidada” de 10 de outubro a 15 de dezembro, indicou hoje o museu à agência Lusa, em resposta a questões sobre as exposições previstas para a ‘rentrée’.
Quanto à mostra “A Criança na obra gráfica de Domingos Sequeira” e uma pintura de tema bíblico de Alessandro Magnasco (1667-1749), da Coleção Fundação Gaudium Magnum, estarão expostas também a partir de 17 de setembro, ficando a primeira patente até 29 de dezembro e a segunda até 26 de janeiro de 2025, segundo o MNAA.
A vinda da pintura “São Nicolau de Tolentino” de Piero della Francesca acontece no âmbito de uma parceria entre as duas instituições, pois a obra “Santo Agostinho”, do mesmo artista, pertencente ao MNAA, integrou a mostra “Piero della Francesca. Il polittico agostiniano riunito” realizada pelo museu italiano entre 20 de março e 24 de junho deste ano.
Essa exposição reuniu, pela primeira vez, obras do artista italiano provenientes de cinco museus de vários países, segundo o Museu Poldi Pezzoli.
Do artista português Domingos Sequeira o MNAA expõe uma seleção de desenhos de um tema que se encontra “extensamente representado na produção gráfica” no acervo do museu, desde “os estudos anatómicos – cabeças, troncos e membros de crianças –, estudos para retratos, representações captadas do vivo, ou composições num gosto que abre já o caminho para o romantismo”.
“As diversas técnicas do desenho que emprega para abordar este tema permitem-nos, por outro lado, perceber como eram amplos os seus recursos gráficos”, refere o MNAA sobre esta exposição que vai ser inaugurada na Sala do Mezanino.
Do ciclo “O Belo, a sedução e a partilha”, que mostra obras da coleção da Fundação Gaudium Magnum — Maria e João Cortez de Lobão, é exposta uma pintura de composição bíblica dramática, em que José, na prisão, interpreta os sonhos do padeiro e do copeiro do faraó do Egito.
Exibida na Galeria de Pintura Europeia do museu, a pintura de Alessandro Magnasco “revisita alguns dos seus temas de eleição: num espaço opressivo, composto como um cenário de ópera, habitado por figuras descarnadas, José desvenda com sucesso o sonho dos companheiros de cela, o que o levará a ser mais tarde chamado a interpretar o sonho do próprio faraó”.
Até 29 de setembro, o MNAA terá ainda patente, na Sala do Teto Pintado, a exposição, inaugurada em julho, “Épico e Trágico – Camões e os Românticos”, comissariada pelas historiadoras de arte Alexandra Markl e Raquel Henriques da Silva, com obras de vários artistas para evocar o contexto em que o poeta foi transformado em figura mítica pelo Romantismo português.
A mostra – que inclui os desenhos preparatórios da pintura “A Morte de Camões”, de Domingos Sequeira – é apresentada no quadro das comemorações dos 500 anos do nascimento de Luís de Camões (1524-1580).
A 1 de setembro realiza-se uma visita orientada a esta exposição, às 11:30, de entrada gratuita.
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