Martin Scorsese parece estar a aproveitar ao máximo os recursos da Netflix no que ao seu próximo filme, "The Irishman", diz respeito.
“The Irishman” conta a história de Frank “Irishman” Sheeran, assassino da máfia responsável pela morte de 25 pessoas, e suspeito de ter matado, em 1975, o líder sindical Jimmy Hoffa, cujo corpo nunca foi encontrado. O argumento está a cargo de Steven Zaillian, e é baseado no livro de 2003 “I Heard You Paint Houses”, de Charles Brandt.
Fontes próximas revelaram à Deadline que o orçamento da produção já ultrapassou os 140 milhões de dólares, e não pára de aumentar. E, segundo a IndieWire, os elevados custos de produção, que já ultrapassaram o valor original estimado - 100 milhões de dólares -, se devem sobretudo aos efeitos especiais utilizados na caracterização do ator Robert De Niro. O ator será rejuvenescido digitalmente 30 anos pela empresa A Industrial Light & Magic, responsável pelos efeitos especiais de filmes como "Guerra das Estrelas" ou "O Estranho Caso de Benjamin Button".
Até hoje, o filme mais dispendioso de Scorsese foi "A Invenção de Hugo", de 2011, que teve um orçamento estimado em mais de 150 milhões de dólares. Se o orçamento de "The Irishman” continuar a derrapar, este poderá vir a ser o filme mais caro da carreira do realizador, premiado pela Academia por "The Departed", de 2006.
"The Irishman” esteve inicialmente para ser lançado pela Paramount, mas a Netflix adquiriu os direitos de propriedade da Paramount para a América do Norte e da STX Entertainment para o resto do mundo. Os já esperados elevados custos de produção, de acordo com a Variety, terão motivado essa decisão. A Netflix não comentou, até ao momento, estes valores.
O filme marca mais uma etapa da longa colaboração de Robert De Niro com Martin Scorsese. Harvey Keitel, Joe Pesci e Al Pacino também fazem parte do elenco.
O lançamento de "The Irishman” poderá acontecer já no início de 2019 na Netflix. Por saber fica se chegará às salas de cinema.
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