“Na medida do impossível” encerra a sua digressão internacional na Culturgest, depois de dois anos de representações em palcos de teatros e de festivais, em 120 países.
A peça tem oito récitas anunciadas para Lisboa, no auditório Emílio Rui Vilar, a cumprir a partir de hoje, até domingo, e depois nos dias 23 a 25 deste mês.
O espectáculo assenta nos testemunhos das vivências de profissionais de organizações humanitárias e nas condições com que estes se deparam no trabalho diário, refere a apresentação da obra no ‘site’ da Culturgest.
“Como administrar um campo de refugiados? Como lidar com as escolhas de vida ou morte? Como continuar quando sabem que não vão mudar o mundo?”, são questões levantadas no espectáculo.
“Longe do nosso universo, onde as coisas são possíveis, as personagens falam do ‘impossível’, onde a guerra, a fome e a violência destroem o futuro e a própria vida. Sem cair no sentimento ou na moral, é a experiência quotidiana e íntima daqueles que recusam o título de ‘herói’ que está no centro deste teatro”, acrescenta o texto de apresentação.
Estreada em Genebra, em 2022, com o título francês “Dans la mesure de l’impossible”, a peça do atual diretor artístico do Festival de Avignon abriu também a edição de 2023 deste certame.
A estreia em Portugal insere-se no ciclo “50 Anos, 25 de Abril”, que terá outras iniciativas, entre as quais uma conversa sobre como “Cuidar em estado de emergência”, com a participação de Tiago Rodrigues e da investigadora Susana Gouveia, moderados pela jornalista Margarida David Cardoso.
As récitas de quarta-feira e sábado têm início às 19:00, e as de quinta e sexta-feira, às 21:00. No dia 21, será representada às 17:00. Nos dias 23 e 25 de abril o palco abrir-se-á, às 21:00, e, no dia 24, às 19:00.
Com encenação e texto de Tiago Rodrigues, a interpretar estão Adrien Barazzone, Beatriz Brás, Baptiste Coustenoble e Natacha Koutchoumov.
Na música ao vivo está Gabriel Ferrandini, que também assina a composição musical.
Com tradução de Thomas Resendes, “Na medida do impossível” tem cenografia de Laurent Junod, Wendy Tokuoka e Laura Fleury, luz de Rui Monteiro e som de Pedro Costa.
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