O Centro de Arte e Cultura (CAC) da Fundação Eugénio de Almeida (FEA), em plena acrópole da cidade alentejana, é o “palco” destas três mostras, que vão poder ser visitadas pelo público até ao dia 30 de setembro.
Intituladas “De re metallica”, “INSTRMNTS” e “VisoVox”, as iniciativas integram o segundo ciclo expositivo deste ano do CAC, cuja programação obedece ao tema das “Periferias”, segundo explicou a FEA.
“As exposições propõem uma aproximação ao universo material do som”, destacou a fundação, referindo que a inauguração, às 18:00 de sábado, inclui uma performance de Américo Rodrigues e Manuel Portela, dois dos curadores da “VisoVox”, e um concerto com a “gigantikarpz” de Victor Gama, instalação sonora e instrumento, com cordas de piano, criado pelo artista.
A Sala Rostrum e o jardim interior do CAC, assinalou a FEA, vão estar dedicados à mostra “De re metallica”, que reúne esculturas da autoria de Gonçalo Jardim, com curadoria de Manuel Costa Cabral e do diretor do centro cultural, José Alberto Ferreira.
Os trabalhos do escultor que o público vai poder apreciar em Évora, segundo a organização, têm “forte presença” material e vibrátil e “inscrevem-se no horizonte da leveza e reclamam uma condição aérea”.
“Percorrem-se escalas múltiplas, entre os espaços do interior da casa e a vertigem branca das paredes e muros do jardim, pontuadas pelos trabalhos em ferro do artista”, uns de produção recente e outros de produção anterior.
Gonçalo Jardim exibe ainda “um conjunto inédito de peças de pequena dimensão construídas sob o signo da ‘collage'”, realçou a fundação, precisando tratar-se de “um conjunto de figuras que, habitualmente, pontua” o seu próprio “espaço familiar”.
Já “INSTRMNTS”, que vai ocupar o 1.º piso do CAC, indicou a FEA, consiste numa proposta interativa que explora os instrumentos contemporâneos de inspiração africana desenhados e concebidos por Victor Gama, que “os visitantes podem (e devem) livremente ativar, numa participação que se pretende lúdica”.
Com curadoria do próprio artista e de José Alberto Ferreira, a iniciativa reúne instrumentos musicais, dispositivos acústicos e instalações sonoras, resultantes de “um processo de experimentação e intersecção entre a música, o design e a performance”.
“Referências a elementos naturais (plantas, animais, estrelas, planetas), a mitologias e a elementos lúdicos encontram-se disseminadas” pelas peças em exposição, que convocam o visitante para “o fascínio da interação” das obras, que são “inspiradas também nas formas tradicionais dos instrumentos, músicos e músicas de Angola”, país de origem de Victor Gama, explicou a FEA.
No 2.º piso do CAC, segundo a organização, “VisoVox” interroga “as relações entre som, voz, linguagem, escrita e imagem”, a partir de um conjunto de obras de poesia visual e sonora em múltiplos meios, analógicos e digitais.
Ana Hatherly, António Aragão, Ernesto Mello e Castro, Fernando Aguiar e Salette Tavares, Bartolomé Ferrando, Enzo Minarelli, Jaap Blonk, Jim Andrews, Christine Wilks, David Jhave Johnston, Jim Andrews, Johanna Drucker, Jörg Piringer, Maria Mencia e Steve McCaffery são alguns dos autores dos trabalhos evocados na mostra, que tem curadoria de Manuel Portela, Américo Rodrigues e José Alberto Ferreira.
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