A exposição de modelos de dinossauros em tamanho real, a inaugurar hoje, integra-se na iniciativa “Dinossauros Saem à Rua”, promovida pelo Museu, Câmara Municipal da Lourinhã e a União de Freguesias da Lourinhã e Atalaia e que terá vários eventos entre 11 e 13 de agosto.
Em declarações à agência Lusa, o vereador da Cultura da Lourinhã, Fernando Oliveira, explicou que a ideia é “afirmar” a Lourinhã como a Capital dos Dinossauros e valorizar o património paleontológico do concelho, “onde têm sido descobertos ossos fossilizados de dinossauros, pertencentes a várias espécies, e o maior ninho dos dinossauros com os mais antigos embriões até então encontrados”.
Para além disso, sublinhou, que o Museu tem o “maior espólio ao nível da paleontologia, quase dos melhores do mundo e, portanto, estes dinossauros que viveram aqui há mais de 150 milhões de anos vieram agora visitar-nos e vão estar numa estadia prolongada no concelho da Lourinhã, até meados de setembro,para depois ocuparem o seu espaço no futuro Parque dos Dinossauros”.
A diretora do Museu, Lubélia Matos Gonçalves, explicou que a iniciativa visa partilhar com o público, de uma forma mais alargada, “todo o conhecimento que o Museu tem vindo a acumular ao longo dos últimos 33 anos”.
Para além de ajudar na difusão do conhecimento, o evento tem ainda como propósito “permitir às pessoas momentos de convívio de lazer, de entretenimento. No fundo juntar o lado lúdico, à aprendizagem e à reflexão sobre o que foi a vida dos dinossauros, concluiu.
Os 14 novos dinossauros juntam-se assim aos seis que foram colocados na vila em março e, entre eles, encontram-se os carnívoros ceratosaurus, albertosaurus ou o allosaurus e os herbívoros kentrosaurus, ankylosaurus, apatosaurus e triceratops, alguns dos quais pesariam várias toneladas e atingiriam vários metros de altura e de comprimento.
O programa contempla conferências nos dias 12 e 13 de agosto sobre “preparação de fósseis”, por Carla Tomás, “os ovos de crocodilo mais antigos do mundo”, por João Russo, “património paleontológico em Portugal”, por Simão Mateus, “ovos de dinossauro da Península Ibérica”, por Miguel Moreno-Azanza e “outros animais do tempo dos dinossauros”, por Bruno Pereira.
Durante os três dias, estão previstas atividades para crianças, como o laboratório de paleontólogo por um dia onde têm a oportunidade de escavar e preparar fósseis, uma exposição de ilustração de dinossauros, sessões de cinema, onde vai ser apresentado um filme sobre a paleotologia da Lourinhã, ou ‘street food’.
Uma equipa de ‘cake designers’ vai estar a construir o maior ninho e dinossauros em chocolate, com 2,5 metros de diâmetro, concorrente ao livro de recordes do mundo Guiness.
A partir de 2018, os modelos de dinossauro vão ficar em exposição permanente no futuro Parque dos Dinossauros, que deverá abrir nessa altura, ocupando na primeira fase dez dos 30 hectares do terreno onde funcionou a antiga lixeira municipal.
O investimento de 3,5 milhões de euros contempla a construção de um edifício com área de exposição de achados paleontológicos, loja e laboratório de preparação de fósseis e de um parque ao ar livre, para exposição de mais de uma centena de modelos de dinossauro em tamanho real.
O parque deverá receber por ano 200 mil visitantes, número muito superior ao do atual museu (25 a 30 mil pessoas), onde a exiguidade do espaço impede a exposição de todo o espólio já encontrado.
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