Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas após ter visitado uma exposição das Forças Armadas, no Mercado Municipal de Portalegre, cidade em que este ano se realizam as comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

"Para o ano, as comemorações serão na Madeira - é um compromisso já assumido. Só não foi este ano por causa das eleições para a Assembleia Legislativa Regional da Madeira [em setembro próximo]", justificou o chefe de Estado.

De acordo com o Presidente da República, em 2020, as comemorações do Dia de Portugal vão começar na Região Autónoma da Madeira "e depois, provavelmente, numa comunidade madeirense grande".

Sobre esta questão relativa ao ponto das comemorações no exterior, Marcelo Rebelo de Sousa afastou a hipótese da Venezuela.

"Eu diria, provavelmente, as comunidades sul-africanas, que há muito tempo esperam por essa oportunidade. Mas isso se definirá a seu tempo", ressalvou o chefe de Estado.

Perante os jornalistas, o chefe de Estado defendeu o caráter positivo dos resultados alcançados com o modelo de dupla celebração instituído a partir de 2016 nas comemorações do Dia de Portugal: Primeiro em território nacional e depois no estrangeiro.

"Este modelo despertou o país para uma nova realidade - uma nova realidade que já era antiga. Valeu a pena comemorar o 10 de Junho, por simbólico que fosse, fora das nossas fronteiras físicas, mas dentro do nosso território espiritual", concluiu o Presidente da República.

Marcelo Rebelo de Sousa lembrou neste contexto que o atual modelo de comemorações iniciou-se em 2016, tendo então sido repartido entre Lisboa e Paris.

"Começámos em França [2016], de França fomos ao Brasil [2017], do Brasil aos Estados Unidos [2018], e vamos agora a Cabo Verde. Entretanto, aumentou ainda mais a participação das comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo e houve uma extensão do direito de voto no sentido do recenseamento automático, alargando de forma impressionante o universo eleitoral fora das fronteiras físicas do país", apontou o Presidente da República, numa alusão a recentes mudanças legislativas operadas ao nível do sistema eleitoral.

Mas o chefe de Estado considerou ainda que, sobretudo nestes últimos anos, está a crescer a visibilidade e a importância das comunidades portuguesas junto dos cidadãos residentes em território nacional.

Tem sido permanente o contacto entre os que vivem dentro dessas fronteiras e os que vivem fora. Há novas instituições que estão a nascer ao lado das câmaras do comércio, ao lado do Conselho da Diáspora. Há agora um grande congresso da Diáspora Portuguesa", acrescentou Marcelo Rebelo de Sousa a título de exemplo.

(Notícia atualizada às 14h27)