Em declarações à SIC, Santana Maia Leonardo, advogado da família de Rúben Cavaco, disse que teve "carta branca" para negociar o acordo e que teve como interlocutor direto o embaixador do Iraque. Instado pelo jornalista da SIC a dizer se o valor do acordo seria acima ou abaixo de 100 mil euros, o advogado de Rúben Cavaco disse que "100 mil euros seria um valor alto", assumindo implicitamente que o entendimento entre as duas partes terá ficado abaixo desse montante.
Santana Maia Leonardo sublinhou que não existem sequelas físicas da agressão para o jovem de Ponte de Sôr, sublinhando que são estas que, em regra, implicam acordos de valor mais elevado. "Os danos morais e não patrimoniais são sempre encarados de outra forma", afirmou, adiantando que as despesas hospitalares foram também pagas pelo embaixador do Iraque.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros foi a primeira entidade a conhecer os termos do acordo, revelou também Santana Maia Leonardo, justificando que tal se ficou a dever pelo facto de ter existido um incidente diplomático e um crime em território português.
"Para nós [a justiça] está feita", disse Santana Maia Leonardo, "não houve um homicídio, houve um caso muito grave mas o Rúben recuperou totalmente"
Questionado sobre se a justiça não implicaria mais que um acordo financeiro entre as duas partes, o advogado disse: "O crime foi cometido por dois jovens de 17 anos, assumiram-no publicamente, mostraram arrependimento e dispõem-se a reparar o dano ... disseram que querem ser julgados em Portugal ... não ter levantamento da imunidade não é culpa deles ...",
O valor exato do acordo não foi divulgado, mas Santana Maia Leonardo rematou, dizendo que "foi o valor justo, nem mais um cêntimo, nem menos um cêntimo".
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