O que aconteceu?
Na madrugada deste sábado, um atirador disfarçado de polícia abriu fogo em Brooklyn Park, Minnesota, contra a residência da ex-presidente da câmara dos deputados estaduais, Melissa Hortman, e do seu marido. Ambos morreram no local.
Poucas horas antes, em Champlin (a cerca de 8 quilómetros de distância), o mesmo indivíduo alvejou o senador estadual John Hoffman e a sua esposa, que sobreviveram após cirurgia.
O suspeito estava fortemente armado e, no seu carro, foi encontrado um manifesto com nomes de políticos-alvo.
Qual foi a resposta política?
Donald Trump condenou o ataque como “terrível” e sublinhou que “não será tolerado nos EUA”, afirmando que o FBI e o Departamento da Justiça vão tratar o caso com o “peso total da lei”.
A polícia prossegue ainda uma vasta operação de caça ao homem, envolvendo centenas de agentes na região de Minneapolis.
Por que é este caso especialmente preocupante?
O autor do ataque utilizou uniformes e símbolos da autoridade para entrar facilmente nas residências e cometer o crime.
O facto de ter uma "lista" de pessoas-alvo sugere motivação política direta e premeditada.
Qual o impacto no debate sobre polarização e segurança política?
Este episódio intensifica os receios sobre a violência política nos EUA, alimentados por altos níveis de polarização partidária.
A reação de Trump reflete maior atenção institucional, mas subsistem dúvidas sobre as mensagens incendiárias no discurso público.
O governador do Minnesota, Tim Walz, classificou os acontecimentos como um “ato deliberado de violência política” e apelou à população para evitar manifestações, que entretanto foram canceladas por motivos de segurança.
Este ataque acontece num momento de grande tensão política nos EUA. Neste mesmo dia, Trump promove em Washington um raro desfile militar para assinalar os 250 anos da fundação do Exército, evento que coincidiu com mais de 2.000 protestos organizados em todo o país contra aquilo que os manifestantes chamam de “autoritarismo” presidencial.
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