Entre os resgatados estão 55 menores não acompanhados, bem como quatro crianças acompanhadas com idades compreendidas entre os três e os dez anos e dois bebés, que se encontram em boa condição de saúde, segundo informações avançadas pela agência de notícias espanhola EFE.
“Muitas crianças chegaram neste barco. Estamos a contar recebê-las todas da melhor forma possível dentro de alguns dias. Não basta ajudá-los na fase de desembarque, mas devemos seguir as suas trajetórias para lhes garantir um futuro melhor”, disse a conselheira para as Políticas Sociais do Município de Salerno, Paola de Roberto, em declarações aos media locais.
Segundo o autarca Giancarlo Conticchio “alguns serão alojados na província de Salerno e os restantes noutras províncias da região da Campânia. São todos africanos, muitos do Mali e do Burkina Faso”.
O navio humanitário Aita Mari, que pertence à ONG espanhola Salvamento Marítimo Humanitário, resgatou 172 das 294 pessoas que se encontravam num grupo de sete embarcações a sudoeste da ilha italiana de Lampedusa, na terça-feira, com a ajuda do veleiro Nadir, da ONG Resqship.
A Resqship explicou que, após o salvamento efetuado pelo Aita Mari, esperou durante horas pela Guarda Costeira, que à chegada tomou conta de 125 pessoas e transferiu-as para Lampedusa, cujo centro de acolhimento está sobrelotado há dias.
Só este ano já chegaram 58.171 imigrantes às costas italianas, de acordo com os registos do Ministério do Interior, mais do dobro dos 24.808 que o fizeram no mesmo período do ano passado.
Pelo menos 26.924 migrantes morreram ou desapareceram no Mediterrâneo desde 2014, quase metade das 56 mil vítimas registadas em todo o mundo, de acordo com as estatísticas da Organização Internacional para as Migrações.
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