“Estar à janela à cantar a mesma hora é dizer que, mesmo no confinamento, estamos todos uns com os outros, celebramos a democracia e a liberdade que é aquilo que nos dá os instrumentos para ultrapassar a crise”, disse, em declarações à RTP.
Acompanhada por outros dirigentes bloquistas, Catarina Martins cantou a "Grândola" de Zeca Afonso, símbolo da revolução, às 15:00, correspondendo ao apelo da Associação 25 de Abril, no ano em que, por causa da pandemia de covid-19, não se realizaram as habituais manifestações populares na rua.
“Eu sinto o que sente muta gente, a falta que faz hoje podermos sair à rua, de estar uns com os outros. Hoje é aquele dia que [em Lisboa] se desce a Avenida [da Liberdade] e pessoas que não se conhecem de lado nenhum sentem que estão a festejar” a revolução, disse.
Para Catarina Martins, este “é o momento de dar completa prioridade ao estado social que, com as suas fragilidades, é o melhor” que existe atualmente, a começar pelo Serviço Nacional de Saúde, “dar carreiras, salários dignos aos seus profissionais”.
“E não deixar ninguém para trás. Lembrar as pessoas sem habitação, que vivem na precariedade e não tem nenhum apoio”, acrescentou.
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