Os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde (SPMS) adiantaram hoje à agência Lusa que na segunda-feira foram realizadas 519 triagens a utentes grávidas, cerca de 2,4% do total de mais de 21 mil chamadas atendidas pela linha SNS 24.
“Se compararmos com o número de chamadas (SNS Grávida) na segunda-feira, dia 09 de dezembro, verifica-se uma taxa de crescimento de mais de 16%”, referiu a mesma fonte.
De acordo com os dados disponibilizados pelos SPMS, do total de 519 grávidas, 24 foram referenciadas para autocuidados, 95 para os cuidados de saúde primários, 382 para os serviços de urgência e 18 para o INEM.
Tendo em conta a altura do ano, em algumas horas de maior procura poderá verificar-se um aumento pontual do tempo médio de resposta na linha SNS 24, reconheceu o SPMS, assegurando, porém, que o reforço das equipas tem vindo a ser feito de modo a garantir a melhor resposta e que o atendimento é sempre assegurado.
“A linha SNS 24 recruta profissionais de saúde durante todo o ano, estratégia que permite responder à evolução da procura com maior flexibilidade e celeridade”, referiu ainda os SPMS, ao adiantar que, atualmente, conta com mais de 2.300 profissionais em bolsa e mais de 700 em fase de recrutamento e formação.
O projeto SNS Grávida/Ginecologia, que se insere no novo modelo das urgências obstétricas e ginecológicas, tem como prioridade libertar recursos humanos diferenciados para atender as situações mais complexas e os casos não urgentes em respostas de proximidade.
Desde a meia-noite de segunda-feira que as grávidas têm de ligar para a linha SNS Grávida (808 24 24 24) antes de recorrerem à urgência de obstetrícia e ginecologia dos hospitais que aderiram já ao projeto.
O novo modelo das urgências arrancou em fase piloto em 11 Unidades Locais de Saúde (ULS) e três unidades que aderiram voluntariamente ao projeto.
As Unidades Locais de Saúde envolvidas nesta primeira fase são: ULS Santa Maria; ULS São José (Maternidade Alfredo da Costa); ULS Lisboa Ocidental (Hospital de S. Francisco Xavier); ULS Amadora Sintra (Hospital Fernando da Fonseca); ULS Odivelas/Loures (Hospital Beatriz Ângelo); Hospital de Cascais; ULS Estuário do Tejo (Hospital Vila Franca de Xira); ULS da Lezíria (Hospital de Santarém); ULS Médio Tejo (Hospital de Abrantes); ULS Oeste (Hospital das Caldas da Rainha) e a ULS Leiria.
A estes estabelecimentos de saúde, juntam-se mais três unidades que de forma voluntária aderiram a este projeto-piloto: a ULS Gaia/Espinho (Hospital de Gaia); ULS Santo António (Centro Materno Infantil do Norte) e a ULS Alto Alentejo (Hospital de Portalegre). A partir de janeiro de 2025, as ULS da Península de Setúbal (Almada-Seixal, Arco Ribeirinho e Setúbal) irão também aderir.
Segundo o Ministério da Saúde, ao fim de três meses será feita uma avaliação do impacto, para que o plano possa ser alargado a todo o país.
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