Diversos sobreviventes, familiares e amigos das vítimas, o primeiro-ministro Jonas Gahr Store e o príncipe Haakon, príncipe herdeiro da Noruega, assistiram à cerimónia, cerca de 11 anos após o ataque mais mortífero registado no país em tempo de paz.

“Enquanto nação, tínhamos necessidade de um local de memória. Um local que nos recorde para sempre todos aqueles que perdemos. Um local onde os nossos filhos e netos possam aprender o que se passou, as consequências do extermínio de extrema-direita e o ódio”, declarou o primeiro-ministro.

Em 22 de julho de 2011, um norueguês de extrema-direita fez inicialmente explodir uma bomba perto da sede do Governo em Oslo, provocando oito mortos, e de seguida matou 69 pessoas, na maioria adolescentes, ao disparar indiscriminadamente num campo de férias de verão da Juventude trabalhista na ilha de Utoya, cerca de 40 quilómetros a noroeste da capital.

O memorial, situado perto do cais onde os passageiros embarcam no ‘ferry’ para Utoya, é em forma de escada, desenhando uma grande curva que desce em direção ao mar.

Na base situam-se as 77 colunas de bronze em memória dos 77 mortos nos dois atentados.

Numerosos habitantes que vivem perto de Utoya contestaram judicialmente o projeto do memorial, por pretenderem que fosse instalado noutro local.

Os queixosos, alguns deles envolvidos nos primeiros socorros no dia do massacre, consideraram que se arriscava a reavivar dolorosas recordações, mas em fevereiro de 2021 um tribunal norueguês rejeitou a queixa.

Breivik, hoje com 43 anos, foi condenado em 2012 a 12 anos de prisão, com possibilidade de prolongamento da pena.

Em janeiro de 2022 pediu a sua libertação após ter cumprido a pena mínima de dez anos que permite esse pedido, mas em fevereiro um tribunal negou a pretensão, considerando que ainda representa um risco para a sociedade.