Os dados são da fundação CRAM, de Barcelona, que desde há quatro anos participa num estudo para perceber as opções que existem para a conservação dos mares e oceanos e para a sobrevivência dos que ali habitam, e apontam para que o plástico seja ainda uma dura realidade, neste caso no Mediterrâneo.

"Durante o ano de 2022, foram tratadas um total de 70 tartarugas marinhas, 69 espécimes da espécie Caretta caretta e um espécime de Chelonia Mydas, provenientes da Área de Clínica e Resgate da Fundação CRAM. Destas, obteve-se amostras, incluindo fezes e conteúdo digestivo, aparecendo plástico a nível macroscópico em 92,6% das amostras analisadas", lê-se no relatório, que aponta ainda para um crescimento nos últimos anos.

"A quantidade de plástico encontrada foi maior do que nos anos anteriores: 92,6% em 2022 em comparação com 80% em 2021 e 78% em 2020, mas o número de pacientes atendidos diminuiu em comparação com 2021, passando de 90 para 70 tartarugas marinhas", salienta.

A análise feita a estes animais, de acordo com a Fundação, permite saber o "atual estado dos oceanos", e as notícias não são, de facto, as melhores.

“O que temos visto em quatro anos de estudos é que a quantidade de plástico no mar tem vindo a crescer”, explica o chefe da área clínica e de salvamento da CRAM.