Lisboa, Beja, Faro e Setúbal lideram os pedidos de horários em Oferta de Escola, na plataforma do Ministério da Educação (ME), avança o Diário de Notícias (DN).

Esses pedidos surgem por não ter havido, no Concurso Nacional, docentes candidatos a essas vagas.

Além destas, escolas de Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Leiria, Lisboa, Portalegre, Santarém e Viana do Castelo também têm horários por atribuir.

As disciplinas mais deficitários são Português, Informática, Geografia, Economia e Contabilidade. No total, são 21 as disciplinas com falta de professores, incluindo todas as línguas estrangeiras de 2.º e 3.º ciclos e Secundário (Inglês, Espanhol, Francês), Artes Visuais, Matemática, Física e Química, Filosofia, Biologia e Geologia, Educação Tecnológica, entre outras.

Mais ainda Faro tem 101 horários por preencher, em Lisboa 71, Setúbal 63 e Beja precisa de 47 professores, sendo estas as zonas mais críticas. No total, só nestes quatro distritos a sul há quase 300 horários por preencher (282), avança o DN.

Segundo Davide Martins, professor e um dos colaboradores do blogue ArLindo (um dos mais lidos no Setor da Educação), citado pelo jornal, estão a concurso 444 horários em Oferta de Escola. Se não se contabilizar o Ensino Artístico para grupos de recrutamento, são 326 horários.

“Relativamente ao número de horas, são 7172. Considerando que, em média, cada disciplina tem 3 horas por semana e 20 alunos por turma, seriam 47 800 alunos sem aulas se a escola começasse agora”, explica ainda.

Recorde-se que os sindicatos de professores reúnem-se amanhã de manhã com a tutela no âmbito do processo negocial para a atribuição de um subsídio para professores deslocados da sua área de residência e a realização de um concurso de vinculação extraordinário.