"Musk concordou inesperadamente com uma entrevista de última hora. Vamos ver o que ele quer falar". Foi assim que a BBC começou a transmissão em direto da conversa entre Elon Musk, o multi-milionário dono do Twitter, e um dos seus correspondentes nos Estados Unidos.
A estação britânica revelou também que só "vinte minutos antes" soube que Musk tinha aceite falar com o jornalista da BBC, numa conversa que durou quase três horas e que o repórter por várias vezes tentou colocar um ponto final: "O nosso correspondente agradece a Musk pelo seu tempo e tenta, mais uma vez, encerrar a entrevista".
Na longa conversa, contudo, Musk falou sobre vários temas da atualidade e não só. Revelou que por certas vezes dorme "no escritório", salientando que já tem debaixo de olho um sofá numa livraria "onde ninguém vai", que o CEO do Twitter é o seu cão, Floki, mas não quis dizer em quanto está avaliada a sua fortuna.
Quanto a assuntos mais sérios, o norte-americano, que comprou o Twitter no ano passado por 44 mil milhões de euros - "comprei porque um juiz obrigou-me" -, anunciou a compra de uma fábrica na China para produção de baterias para carros elétricos e que já despediu mais de 6500 funcionários da rede social desde que chegou.
"Tínhamos mais de 8000 e agora temos 1500. Não tem nenhuma piada despedir pessoas e por vezes é duro", referiu o multi-milionário, que também admitiu que já errou muitas vezes ao escrever certos post na sua rede social. "Se já dei tiros nos pés? Já! Não deveria escrever depois das três da manhã.".
Elon Musk abordou ainda a questão da inteligência artificial, considerando que "deveria haver um órgão regulador para garantir que não representa um perigo para o público”.
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