Numa das esferas armilares que ladeiam o Padrão dos Descobrimentos foi escrito, a tinta preta,“A nação que matou África, Wakanda4Ever”, uma frase que evoca uma nação do universo Marvel, Wakanda, situada no continente africano. A vandalização ocorreu poucos dias depois de ser tornado público que a Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) está a avaliar a classificação da obra como monumento nacional e de interesse público.
Em declarações ao jornal Público, o presidente da Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural, entidade que gere o Padrão dos Descobrimentos, afirmou que o ato de vandalismo deverá ter acontecido nesta terça-feira, 20 de junho, tendo a Polícia Judiciária se deslocado ao local.
É a segunda pichagem do Padrâo dos Descobrimentos no intervalo de dois anos. Em 2021, um casal de ativistas franceses escreveu, em inglês, na estrutura principal do Padrão: “Velejando cegamente por dinheiro, a humanidade afunda-se num mar escarlate”.
O Ministério Público só em março deste ano é que pediu às autoridades francesas que interrogassem os responsáveis, sendo que a identificação foi revelada pelos próprios nas redes sociais. Ambos terão também pichado outros lugares como os elevadores da Bica, do Lavra e da Glória.
O país fictício e futurista da Marvel, Wakanda, ganhou um maior protagonismo após as adaptações para cinema do super-herói Pantera Negra, acarinhado pelas comunidades africanas espalhadas pelo mundo.
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