Em declarações aos jornalistas ao final desta manhã em Cascais, Assunção Cristas insistiu na necessidade de haver uma conjugação de votos nos partidos do centro de direita para que com a eleição de 116 deputados seja possível “derrotar” a atual solução governativa de esquerda.

“A estratégia do CDS não se move um milímetro na procura de ter cada vez mais contribuições do lado do CDS para este número de 116 deputados e também poder disputar uma primeira escolha”, assegurou a líder centrista.

Estas palavras da presidente do CDS surgem em resposta às declarações proferidas no domingo pelo presidente do PSD, Rui Rio, que admitiu a possibilidade de o PS poder vir a perder as próximas eleições legislativas.

Também na sexta-feira, à saída do Congresso Nacional do partido, que se realizou no Porto, Rui Rio afirmou que “neste momento já é claro que o PS pode perder as próximas eleições”, mas que “ainda não é claro é que o PSD as possa ganhar”.

A convergência à direita foi também defendida pelo presidente da Aliança, Pedro Santana Lopes, numa entrevista publicada este domingo pelo Diário de Notícias.

Nessa entrevista, Santana Lopes considera que “o caminho de convergência à direita” é a “única forma de criar uma alternativa à esquerda”, mas descartou qualquer hipótese de uma coligação pré-eleitoral.

Para Assunção Cristas, “depois das eleições é preciso é que os partidos que se revêm numa alternativa de centro direito possam fazer esse somatório”.

As eleições legislativas realizam-se a 6 de outubro.