Itália

Itália registou mais 13 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas, um aumento em relação aos três óbitos contabilizados no domingo, enquanto os novos contágios pelo novo coronavírus desceram e situaram-se nos 190, anunciaram hoje as autoridades italianas.

Com estes novos óbitos, o país totaliza 35.058 vítimas mortais desde o início da crise sanitária no país, em 21 de fevereiro, quando foi detetado o primeiro caso local da doença covid-19, indicaram os dados disponibilizados pelo Ministério da Saúde italiano.

No que diz respeito aos casos de infeção, e também desde o início da pandemia, Itália contabiliza, até à data, 244.634 pessoas que ficaram infetadas com o novo coronavírus.

Apesar destes 190 novos contágios representaram o número mais baixo em quatro dias (o balanço oficial divulgado no domingo dava conta de 218 novos contágios), a evolução da curva dos novos casos confirmados tem mantido um comportamento estável.

Atualmente, existem no país 12.404 casos ativos de infeção, dos quais a grande maioria (11.612) são doentes que estão isolados nas respetivas casas com sintomas leves ou que estão assintomáticos.

Um número total de 745 doentes está hospitalizado com diversos sintomas, incluindo 47 pessoas que se encontram em unidades de cuidados intensivos.

A região da Lombardia (norte de Itália) continua a ser a zona do território italiano mais afetada pela pandemia.

As autoridades italianas realçaram, no entanto, que nenhuma vítima mortal foi registada nesta região nas últimas 24 horas.

Os mesmos dados avançaram que oito regiões do país, incluindo Valle d’Aosta (norte), Úmbria (centro) e Calábria (sul), não registaram nenhum contágio nas últimas 24 horas.

Na região de Lazio (centro), onde fica a capital Roma, foram detetados 14 novos casos positivos, dos quais 11 são casos importados, ou seja, pessoas que chegaram ao território italiano procedentes de outros países: quatro do Bangladesh, um da Venezuela, três da Índia, um do Montenegro, um da Roménia e outro da Tanzânia.

Um dos países europeus mais afetados pela atual pandemia, a Itália iniciou, em maio, um plano faseado de desconfinamento da população e uma retoma gradual da atividade económica, após mais de dois meses de confinamento.

Espanha

Espanha registou 685 casos de pessoas infetadas com o novo coronavírus nas últimas 24 horas e são 201 os surtos da doença ativos em todo o país, segundo dados do Ministério da Saúde espanhol.

O relatório divulgado hoje com a situação epidemiológica atualizou o total de pessoas infetadas desde o início da pandemia para 264.836, dos quais 685 diagnosticados no último dia, o número mais elevado desde o fim do estado de emergência, há um mês.

De acordo com os técnicos do Ministério da Saúde espanhol, 65% dos novos positivos foram detetados na Catalunha e em Aragão e grande parte deles são assintomáticos.

A comunidade autónoma de Aragão é a região com mais novos casos verificados no último dia (325), seguida da Catalunha (80), do País Basco (78) e a Comunidade Valenciana (43).

Por outro lado, são agora 28.422 o número total de óbitos devido à pandemia, dos quais um nas últimas 24 horas e 9 nos últimos sete dias.

O relatório diário com a situação epidemiológica informa que já passaram pelos hospitais 126.025 pessoas com a covid-19, tendo dado entrada na última semana 237.

O número de pessoas infetadas com o novo coronavírus tem aumentado, assim como o de surtos em todo o país, o que tem levado os governos regionais, que têm autonomia sanitária, a ativar novas medidas para conter a pandemia.

Com exceção das regiões de Madrid e das Ilhas Canárias, é agora obrigatória a utilização de máscaras em todos os espaços públicos, interiores ou exteriores, havendo ou não distância de segurança entre as pessoas.

França

As autoridades sanitárias francesas alertaram hoje para um aumento “moderado” da circulação do novo coronavírus em França, onde, desde sexta-feira, foram registados mais 25 óbitos, elevando o total para 30.177.

Sem dados divulgados durante o fim de semana (mais de 331 mil casos na passada sexta-feira), as autoridades francesas debatem-se agora sobretudo com o crescente número de novos focos de covid-19, registando também um aumento nas entradas nos serviços de urgência e na hospitalização de pacientes.

Desde o início do desconfinamento, em meados de maio, a França registou 539 focos de contágio, tendo desativado, entretanto, 332.

O total de infetados que permanecem em hospitais é de 6.589, com 467 apresentados como estando em estado grave.

As autoridades sanitárias francesas consideram que este aumento “moderado” se deve a uma proporção “muito insuficiente” de pacientes com sintomas que procuram fazer o diagnóstico virológico e que, depois, se isolam.

Entre as zonas que suscitam maiores preocupações está a do departamento de Mayenne, no noroeste, cuja percentagem de casos positivos é “elevada”, o mesmo sucedendo no de Vosgos (nordeste) e na região da Bretanha (oeste).

A situação levou o Governo a reforçar as medidas de proteção, estando as pessoas obrigadas ao uso de máscara em qualquer local público fechado, nomeadamente em lojas e outros comércios, entre outros.

Hoje de manhã, o ministro da Saúde admitiu a existência de 400 a 500 surtos de contágio, mas rejeitou a ideia de se tratar de uma "segunda vaga" da pandemia em França.

"Constatamos que há sinais inquietantes de regresso epidémico em território nacional, mas nesta altura estamos muito longe de uma segunda vaga”, admitiu Olivier Véran.

A nível nacional, a taxa de contágio efetiva (o fator 'R'), que mede o número médio de pessoas contagiadas por alguém portador do novo coronavírus, "estabilizou" em 1,2.

Em algumas regiões, com situações particularmente preocupantes e com surtos, como a Bretanha, a taxa de 2,6 mantém-se igual.

No "pico" da pandemia, em França, a taxa ultrapassou um valor superior a 3, tendo o R caído para 0,5 após as medidas de confinamento.