Observando os dados, investigadores na Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, interpretaram que a maior capacidade de absorver o CO2 por parte da vegetação terrestre é responsável pela redução de emissões que permanecem na atmosfera.
Os autores do estudo acrescentaram que esta pausa no aumento do CO2 pode ser temporária e que uma maior capacidade das plantas para armazenar o gás não vai resolver o problema das alterações climáticas.
Os níveis absolutos de dióxido de carbono têm aumentado de forma constante desde a Revolução Industrial, embora haja uma variação anual significativa na subida, em grande parte devido às diferenças no nível da massa vegetal.
Quantificar as mudanças na taxa de aumento de CO2 é essencial para avaliar as causas das alterações climáticas.
Contudo, este progresso é difícil de quantificar devido aos processos complexos que regem o crescimento das plantas, e o equilíbrio entre as emissões e a absorção de dióxido de carbono.
A equipa da Universidade de Berkeley, liderada por Trevor Keenan, usou modelos de crescimento da vegetação para determinar o equilíbrio destes processos nos últimos anos.
Os resultados mostraram a forma como o aumento do CO2 atmosférico aumentou a fotossíntese, o processo pelo qual as plantas absorvem este gás.
Ao mesmo tempo, os pesquisadores alertaram que um abrandamento no aumento da temperatura global reduziu a respiração das plantas, o mecanismo pelo qual elas libertam CO2.
Ambos os fatores significam que a massa vegetal terrestre retirou uma quantidade maior de dióxido de carbono da atmosfera e, por isso, reduziu a taxa de acumulação desse gás, em cerca de 2,2% ao ano entre 2002 e 2014.
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