A Conferência Episcopal Italiana (CEI) publicou um relatório em que dá conta de 89 casos de abuso sexual ligados à Igreja Católica.
Entre as vítimas, 12 tinham menos de 10 anos, 61 estavam na faixa etária dos 10-18 anos e 16 eram maiores de 18 anos.
O relatório especifica o tipo de casos notificados: "comportamento e linguagem impróprios" (24), seguido de "toque" (21); "assédio sexual" (13); "relações sexuais" (9); "exibição de pornografia" (4); "solicitação online" (3) e "atos de exibicionismo" (2).
A CEI aponta que 52,8% são casos recentes e/ou atuais e 47,2% são casos no passado.
Quanto aos abusadores, é referido que são "indivíduos com idade entre 40 e 60 anos na época dos factos, em mais da metade dos casos".
"O papel eclesial ocupado no momento dos acontecimentos é o de clérigos (30), seguido de leigos (23), finalmente dos religiosos (15)", especifica a Conferência Episcopal. Entre os leigos há professores de religião, sacristãos, animadores e catequistas.
É ainda adiantado que os casos tiveram lugar nas paróquias, em sedes de movimentos ou associações e também em casas de formação ou seminários.
A Conferência Episcopal Italiana nota ainda que, "na sequência da transmissão do relatório à Autoridade Eclesiástica pelos centros de escuta [de casos de abusos sexuais], entre as ações implementadas prevaleceram as 'medidas disciplinares', seguidas de uma 'investigação prévia' e 'transmissão ao Dicastério para a Doutrina da Fé'".
As alegadas vítimas estão a ser acompanhadas, recebendo "informações e atualizações sobre o procedimento" em curso e "apoio psicoterapêutico", bem como "acompanhamento espiritual".
Por sua vez, os supostos autores dos abusos têm acesso a "cursos de reparação, empoderamento e conversão, incluindo a colocação em 'comunidades especializadas de acolhimento' e cursos de 'acompanhamento psicoterapêutico'".
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