Aos jornalistas, na Torre Trump, em Nova Iorque, o presidente norte-americano disse que os grupos que protestavam contra os supremacistas brancos em Charlottesville, na Virginia, eram igualmente "muito violentos". Por isso, deviam partilhar as culpas pela violência que causou a morte a uma mulher, para além de ter feito também vários feridos.

Numa acesa discusão com os jornalistas, Trump disse que os confrontos do passado sábado são "uma coisa horrível de se ver", mas sublinha que ambos os lados contribuiram para a violência. "Eu acho que há culpa dos dois lados", disse o presidente norte-americano.

Quando consultado porque esperou até segunda-feira para condenar explicitamente os grupos de ódio presentes em Charlottesville no fim de semana, Trump disse que quis ser cuidadoso para não dar uma "declaração apressada" sem o conhecimento de todos os factos.

Ele chamou o suposto simpatizante nazi, que lançou o próprio carro contra manifestantes anti-racismo - um ataque que matou uma mulher - de uma "desgraça para si próprio, para a família e para o país".

O presidente também defendeu o polémico estrategista-chefe da Casa Branca, Steve Bannon, ligado à ultra-direita, ao afirmar: "Eu gosto de Bannon. Ele é meu amigo... É um homem bom. Ele não é um racista".

Esta segunda-feira, Donald Trump tinha condenado os supremacistas brancos pela violência. Esta terça-feira, todavia, condenou igualmente os apoiantes da esquerda que acusa de terem avançado sobre a "alt-right" (direita alternativa).

No sábado, Heather Heyer, de 32 anos, morreu e 19 pessoas ficaram feridas depois de um carro ter avançado sobre um grupo de contraprotesto.

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