“O bloco da muralha do porto, de grande dimensões, desprendeu-se e caiu na zona molhada do Porto da Madalena, no extremo sul do molhe norte (cais comercial), diminuindo a sonda reduzida disponível. Toda a navegação deve proceder com cautela e dar o necessário resguardo à zona descrita”, refere em comunicado o capitão Rafael da Silva, responsável pelos portos das ilhas do Faial, Pico, São Jorge, Flores e Corvo, ilhas do grupo central do arquipélago.
Rafael da Silva explicou à agência Lusa que “naquela zona junto ao cais comercial as embarcações têm que ter cautela porque a altura de água disponível é menor devido ao desprendimento do bloco da muralha do porto”.
Num outro edital o capitão do porto da Horta, no Faial, determina, ainda, em face das condições meteorológicas, nomeadamente do estado do mar, o fecho do porto da Madalena do Pico a embarcações com menos de 9 metros de comprimento.
O secretário dos Transportes e Obras Públicas dos Açores disse segunda-feira à Lusa que a forte ondulação registada na Madalena, ilha do Pico, provocou danos no molhe de proteção do porto, mas remeteu a quantificação dos prejuízos para depois de uma avaliação, acrescentando que os danos visíveis são “no muro de cortina na cabeça do molhe, com o derrube de três módulos”.
Vítor Fraga reúne hoje, pelas 13:30 locais (mais uma hora em Lisboa) com o conselho de administração da Portos dos Açores, na Madalena, ilha do Pico.
Além do porto, verificaram-se também galgamentos na zona do ramal da Areia Larga, o que levou à interdição da via.
O mar invadiu também o Museu de Cachalotes e Lulas, provocando fortes estragos e outros edifícios localizados junto à orla costeira sofreram estragos, nomeadamente o conceituado Cella Bar.
Segundo informou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) a ondulação que na segunda-feira danificou várias estruturas na Madalena atingiu os 13 metros, situação que “não estava prevista” e que foi “invulgar”.
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