“Há um consórcio que está disponível a partir de meados de setembro, penso que a partir do dia 15 de setembro, para fazer o transporte de carga aérea entre as ilhas [e o continente] em condições de mercado”, disse Guilherme W. d’Oliveira Martins, em declarações aos jornalistas.
O secretário de Estado falava em Ponta Delgada, ilha de São Miguel, nos Açores, à margem da 67.ª Reunião dos Diretores Gerais da Aviação Civil da Conferência Europeia da Aviação Civil.
Contudo, o governante admitiu abrir novo concurso se se verificarem falhas de mercado.
“Havendo falhas de mercado, de certeza que lançaremos um novo concurso noutras condições que teremos de apreciar e teremos de ajuizar”, acrescentou o governante, frisando que ao executivo compete "apreciar se há ou não uma falha de mercado" e, na eventualidade de existir, terá que lançar novo concurso para "garantir as obrigações de serviço público no transporte de carga aérea" entre a região e o continente.
Questionada pelos jornalistas, à margem da reunião, a secretária regional dos Transportes e Obras Públicas, Ana Cunha, sublinhou que a região “não abdica da fixação de obrigações de serviço público, independentemente da vinda de um cargueiro de um operador privado a operar para Ponta Delgada”.
"A perspetiva do Governo Regional é não abdicar de obrigações de serviço público, porque entendemos que a vinda deste privado não colmata as necessidades de todas as ilhas", sustentou a titular pela pasta dos Transportes na região.
Na abertura da reunião, o presidente do Governo dos Açores, Vasco Cordeiro, realçou a importância das ligações aéreas na região, sublinhando que, sem o transporte aéreo, os Açores estariam “completamente isolados do mundo”.
“Se há região no país, e até na Europa, onde a aviação civil e o transporte aéreo têm uma relevância decisiva, é exatamente aqui nos Açores”, afirmou Vasco Cordeiro, frisando que “o transporte aéreo é o único meio de mobilidade com o exterior e um dos principais meios de mobilidade entre as ilhas da região”, afirmou.
Comentários