“A sinistralidade rodoviária aumentou de forma preocupante este ano, sem que o Governo tenha percebido a realidade e sem tomar medidas estruturais de combate a este flagelo”, refere o ACP, em comunicado, após o secretário de Estado da Administração Interna ter hoje avançado com a realização de “mais ações de sensibilização e de fiscalização” aos condutores para travar o aumento dos acidentes.

Para o ACP, esta reação do Governo prova que “a segurança rodoviária continua a não ser uma prioridade nacional” e que, ano após ano, Portugal “continua acima da média europeia em sinistralidade e o Estado nada faz para inverter este panorama”.

O Automóvel Club de Portugal considera também que “as prometidas campanhas de sensibilização pública, financiadas pelo Fundo de Garantia Automóvel, permanecem na gaveta, enquanto essas verbas são alocadas para fins totalmente distintos”.

Nesse sentido, o ACP defende, “uma vez mais, a urgência na realização de campanhas nacionais permanentes, a par da fiscalização efetiva do ensino da condução”, sustentando que “só com bases estruturais fortes se alteram comportamentos e se enraízam ensinamentos.

No 8.º aniversário da Unidade Nacional de Trânsito da Guarda Nacional Republicana, o secretário de Estado Jorge Gomes considerou preocupante o aumento da sinistralidade rodoviária.

Segundo a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, o número de mortos nas estradas portuguesas aumentou cerca de 25% este ano em relação ao mesmo período de 2016, tendo também se registado uma subida dos feridos graves, enquanto os desastres diminuíram ligeiramente.

O ACP considera que a diminuição dos acidentes revela “a gravidade dos sinistros”.