“Decidimos os dois abandonar a sua defesa”, disse o advogado Frank Berton, numa entrevista à BFM TV.

“Não achamos que ele vai falar, vai usar o seu direito de permanecer em silêncio”, disse Berton numa entrevista conjunta com o colega Sven Mary, sublinhando que "desde o início" afirmaram que se o cliente "ficasse calado" deixariam de o defender.

Principal suspeito dos atentados de Paris, que causaram 130 mortos, Salah Abdeslam está detido em isolamento desde 27 de abril numa prisão no sul de Paris, sob videovigilância constante.

“Quando temos a sensação de estar lá para fazer visitas sociais à prisão, nesse momento uma decisão tem de ser tomada”, acrescentou Mary.

Após meses em fuga, Abdeslam foi detido a 18 de março em Molenbeek, um bairro de Bruxelas, na Bélgica. Foi transferido para França sob acusações de terrorismo a 27 de abril.

Os investigadores ainda não conseguiram determinar o exato papel de Abdeslam nos ataques a bares, restaurantes, uma sala de concertos e um estádio em Paris, em novembro passado.