“É uma solução sólida no que respeita à operação paralela dos dois aeroportos, aspeto que torna inviável a utilização de outras infraestruturas existentes na região como pistas complementares ao Aeroporto Humberto Delgado”, justificou o governante, na assinatura do memorando de entendimento entre o Estado e a ANA-Aeroportos de Portugal para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa.
Citando estudos técnicos realizados, o ministro afirmou que a “coexistência do Aeroporto Humberto Delgado com um aeroporto complementar no Montijo assegura a duplicação da capacidade atual de transporte aéreo da região de Lisboa, que passará a poder movimentar 72 aviões por hora, podendo transportar 50 milhões de passageiros por ano”.
Esta solução implica um redesenho do espaço aéreo para “assegurar o aumento da capacidade do lado ar”, tendo sido “envidados esforços no reforço da coordenação da atividade civil e militar”, segundo o ministro, que sublinhou ainda ser esta uma “solução financeiramente comportável para o Estado”.
O governante explicou que o custo será “integralmente suportado através das receitas aeroportuárias, mantendo a competitividade destes aeroportos face aos principais aeroportos concorrentes”.
Além das oportunidades de “desenvolvimento e reforço da coesão no Arco Ribeirinho Sul”, esta expansão “impulsionará a riqueza e o emprego”, já que há estimativas de criação, a longo prazo, de cerca de 20 mil novos postos de trabalho apenas no setor aeroportuário.
O calendário do memorando prevê que até novembro deste ano sejam completados os estudos ambientais, enquanto na primeira metade de 2018 serão concluídas a avaliação ambiental e a negociação contratual com a ANA.
Durante o próximo ano serão desenvolvidos os ”projetos de detalhe, para que, caso o Governo aprove a proposta final do concessionário, a construção do aeroporto no Montijo possa iniciar-se em 2019 e terminar em 2021”.
“Paralelamente, serão promovidas as ações e investimentos que garantem a expansão progressiva do aeroporto Humberto Delgado”, informou ainda Pedro Marques, referindo que o documento hoje assinado, nas instalações do aeroporto Humberto Delgado, define também “acessibilidades e a promoção da mobilidade, tanto do lado do Montijo como em Lisboa”.
A aposta será numa “utilização privilegiada do transporte coletivo para a mobilidade dos passageiros”.
“Este memorando é também essencial porque, com a sua assinatura, antecipamos em cinco anos o prazo máximo de decisão sobre a capacidade aeroportuária de Lisboa, relativamente ao previsto no contrato de concessão”, concluiu.
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