Em resposta a questões dos jornalistas, durante uma visita à Feira do Livro de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa congratulou-se com a notícia de que os quatro militares portugueses que estão no aeroporto de Cabul se encontram bem.
O chefe de Estado disse ter recebido dos ministros da Defesa e dos Negócios Estrangeiros a informação de que os militares portugueses “estão a trabalhar muito bem, dia e noite”, e considerou que em matéria de acolhimento de refugiados “Portugal está a fazer o que pode e o que não pode”.
“Primeiro resolveu o problema dos nacionais portugueses, depois tem vindo a tratar com sucesso do problema dos luso-afegãos, depois dos afegãos ligados à presença portuguesa. Agora continua a trabalhar relativamente a afegãos relativamente aos quais os portugueses manifestaram aqui de forma muito impressionante, autarcas e cidadãos comuns, a vontade de acolhimento em número muito significativo, largas centenas”, apontou.
Marcelo Rebelo de Sousa acrescentou que “nesta fase de transição tudo é muito complicado” e assinalou que está em curso uma “retirada difícil num prazo muitíssimo curto” que envolve “milhares de pessoas”.
“Quando há uma retirada destas assim não há soluções nem ótimas, nem muito boas, nem boas. São todas más. É tentar que sejam o menos má possível”, sustentou.
No seu entender, “Portugal tem feito aquilo que deve fazer, nomeadamente no quadro da União Europeia, da NATO e no contacto com quem pode para realizar os objetivos que tem de realizar”, reiterou.
“Felizmente, não temos portugueses em território afegão, a não ser aqueles que são luso-afegãos, alguns, mas que ou já saíram ou estão a sair, e depois naturalmente os quatro militares que estão lá”, declarou o Presidente da República.
Esses militares portugueses estão em Cabul “para, com a experiência que têm, ajudar ao que parece quase impossível, que é à chegada ao aeroporto e à resolução dos problemas para a partida daqueles afegãos que, pela ligação à presença portuguesa, se espera que possam sair”, referiu.
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