O ministro disse à Radio Times que as forças britânicas começaram a retirar as pessoas desde 15 de agosto, quando o grupo extremista talibã assumiu o controlo de Cabul.
Dominic Raab referiu que os talibã não conseguirão impedir que afegãos qualificados, como médicos, fujam do país.
Os talibãs, acrescentou o responsável do Ministério dos Negócios Estrangeiros, não serão capazes de evitar uma "crise de refugiados" ao colocar bloqueios nas ruas ou "ao encerrar hermeticamente a fronteira do Afeganistão".
Se os talibãs quiserem evitar uma "fuga de cérebros", então "terão que encontrar uma maneira de atrair outras fações, serem mais inclusivos e mais moderados em relação aos antigos talibãs [que governaram o país entre 1996 e 2011]” disse o ministro.
Dominic Raab fez estes comentários depois de os líderes dos países do G7 [os mais ricos do mundo] terem realizado uma reunião virtual na terça-feira para abordar a crise afegã.
No final do encontro, o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disse que os países do G7 vão exigir que os talibãs permitam uma "passagem segura" para quem quiser deixar o Afeganistão após 31 de agosto, data em que as tropas dos Estados Unidos planeiam deixar o país.
A entrada das forças talibãs em Cabul, em 15 de agosto, pôs fim a uma campanha militar de duas décadas liderada pelos Estados Unidos e apoiada pelos seus aliados, incluindo Portugal. Milhares de afegãos, em Cabul, querem fugir do país e muitos tentam chegar ao aeroporto internacional da capital afegã, onde a situação continua caótica.
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