Segundo o diretor executivo do Departamento de Programas Tripulados da agência espacial russa, Serguei Krikaliov, há ainda muitas variáveis para que o projeto possa ser desenvolvido.

“Estamos a estudar uma forma de otimizar o programa à medida que avançamos. Uma vez que a missão da ‘Soyuz MS-23’ foi também antecipada, o mesmo poderá acontecer com a da ‘Soyuz MS-24’. No entanto, ainda nada está decidido”, afirmou Krikaliov.

Em 11 de janeiro passado, Krikaliov informou que a ‘Soyuz MS-23’ partiria para a ISS em setembro de 2023, mas acabou por antecipá-la para 24 de fevereiro numa missão não tripulada, a fim de trazer de volta dois cosmonautas russos e um astronauta da NASA em vez da danificada ‘Soyuz MS-22’.

Trata-se dos cosmonautas russos Sergei Prokopiev e Dmitri Petelin, e do astronauta americano de origem salvadorenha Frank Rubio, que estão na ISS desde 21 de setembro de 2022.

Krikaliov, que falava aos jornalistas após a cerimónia de assinatura de um acordo de cooperação entre a Biblioteca Presidencial Ieltsin (ligada ao antigo Presidente russo, Boris Ieltsin) e a Roscosmos, referiu que a agência espacial russa está a procurar “a solução mais racional”.

O acordo entre a Biblioteca Presidencial Ieltsin e a Roscosmos tem por objetivo preservar e divulgar a história da cosmonáutica russa.

Apesar das tensões entre a Rússia e os parceiros ocidentais da ISS sobre a invasão russa da Ucrânia, as agências espaciais não pararam de cooperar em 2022.

A Roscosmos tomou a decisão de descartar a ‘Soyuz MS-22’ para o regresso da tripulação russo-norte-americana à Terra, depois de ter sido detetada uma fuga no sistema de arrefecimento da nave em dezembro passado.

Posteriormente, em 11 de fevereiro, foi detetada nova fuga no sistema de refrigeração do cargueiro espacial russo ‘Progress MS-21’, o que levou as autoridades espaciais russas a recear a existência de uma falha no projeto, razão pela qual a ‘Soyuz MS-23’ só partiu para o espaço após ter sido alvo de uma rigorosa inspeção.

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