Em comunicado, a EMA indica que, em conjunto com os seus parceiros da rede europeia de autoridades responsáveis pelos medicamentos, está a monitorizar de perto “o potencial impacto do surto de Covid-19 nas cadeias de fornecimento farmacêutico na UE”.
A agência diz que até ao momento não foram reportados problemas, mas sustenta que, “à medida que a emergência de saúde pública progride, escassez ou perturbações [no fornecimento] não podem ser excluídas”.
A EMA refere que já teve lugar uma primeira reunião do chamado grupo diretor executivo sobre escassez de medicamentos provocada por eventos importantes — composto pela EMA, Comissão Europeia e autoridades nacionais competentes -, para discutir medidas para dar resposta ao impacto da epidemia do novo coronavírus no fornecimento de medicamentos na UE.
Nesse sentido, teve já início um trabalho de exame dos medicamentos, para uso humano e também veterinário, cujo fornecimento poderá sofrer mais perturbações, tendo em conta que muitos dos ativos necessários à sua produção são oriundos da Ásia, pelo que é necessário acautelar os riscos associados às medidas de quarentena na China e outros países envolvidos no fornecimento de medicamentos para a Europa, encerramentos temporários de unidades de produção e restrições de viagens que possam afetar as remessas.
A EMA adverte também que “é responsabilidade das empresas farmacêuticas assegurar a continuidade do fornecimento dos seus medicamentos”, pelo que estas devem adotar “medidas de resiliência”, tal como aumentar os seus ‘stocks’ e garantir que há mais de uma fonte de produção dos seus produtos e materiais.
A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 3.900 mortos.
Cerca de 113 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 62 mil recuperaram.
Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 463 mortos e mais de 9.100 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.
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