A medida pretende evitar escassez de produtos alimentares que várias empresas do setor alertaram ser uma possibilidade devido ao elevado número de funcionários atualmente ausentes do local de trabalho, o que está a ter impacto no abastecimento de lojas.
O Executivo identificou 15 locais prioritários, que incluem os maiores centros de distribuição de supermercados, onde os testes vão começar esta semana, e planeia expandir a lista para até 500 locais, incluindo unidades de processamento alimentar, panificadoras, matadouros ou propriedades agrícolas.
Companhias de transportes, medicamentos, energia ou autoridades locais também poderão candidatar-se ao programa, mas alegam ser operacionalmente mais complicado porque terá de ser feito caso a caso e o empregado identificado individualmente.
“Ao fazer isto, estamos a tentar fazer uma intervenção proporcional que garante que as artérias da nossa cadeia de abastecimento alimentar continuam a fluir, que continuamos a ter comida nas prateleiras dos supermercados, mas não dar isenções que sejam tão grandes que ponham em risco” o sistema de rastreamento para controlar a pandemia, disse hoje à BBC o ministro do Ambiente, George Eustice.
O Governo introduziu este programa para combater a chamada “pingdemia”, nome dado pela imprensa britânica ao crescente número de pessoas colocadas em isolamento após terem sido notificadas com um alerta [ping] pela aplicação de telemóvel do serviço de saúde britânico.
Dados divulgados na quinta-feira indicavam que um novo máximo de 618.903 pessoas receberam um alerta em Inglaterra e País de Gales na semana entre 08 e 15 de julho de que tiveram um contacto de risco com uma pessoa infetada.
Este número é um resultado da atual onda de contágios provocada pela variante Delta, considerada mais infecciosa, que fez o número de casos diários disparar para mais de 50 mil recentemente.
Companhias aéreas, transportadores rodoviários e restauração subscreveram entretanto uma carta a urgir o Governo a permitir que funcionários com vacinação completa fiquem isentos de cumprir isolamento devido a contacto de risco, medida que o Governo pretende introduzir em 16 de agosto.
O Reino Unido é país europeu com o maior número de mortos, quase 129 mil durante a pandemia covid-19, mas é também um dos mais avançados na vacinação, tendo já 88% da população adulta pelo menos uma dose e 69% a vacinação completa.
O objetivo do Governo é completar a vacinação de todos os adultos até meados de setembro, tendo reduzido o intervalo entre tomas de 12 para oito semanas.
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